Por Clerisvaldo B.
Chagas, 02 de dezembro de 2013 - Crônica Nº
1096
A região
asiática de a Palestina estar formada dentro de um deserto onde a vida não é
muito fácil. Sabemos que por mais inóspito que seja o lugar, nunca deixa de
haver compensações. Os homens, porém, ainda neste planeta belo e selvagem,
encurtam a sabedoria e esticam a intolerância. E as discórdias religiosas dos
tempos bíblicos, prolongam-se pelos rumos atuais com o nome Deus na língua e o
sangue na espada.
Foto (cidade brasil)
Longe,
todavia, do Oriente Médio, outra Palestina enfrenta problemas comuns no Brasil,
como a sabedoria política de todos os lados. Mas a cidade Palestina alagoana
não é só política. É um núcleo populacional com mais de 5.000 habitantes,
localizado em pleno semiárido, recebendo toda influência da Bacia Leiteira das
Alagoas. Vive, como os demais vizinhos, do criatório de gado e da agricultura
tradicional de milho e feijão. A cidade é simples, mas agradável e antes
possuía o nome de Retiro. Servida por via asfáltica, a Palestina marca 174 km
até à capital e convive bravamente com as secas periódicas. Tudo começou com
uma fazenda de gado desde os tempos de 1880. Ali foi instalada primeiro uma
mercearia e um entreposto de compra de cereais. Em seguida foi
montada uma fábrica de laticínio que chegava a produzir 10 mil litros de leite
por dia. Foi instalado ainda um descaroçador de algodão para absorver o produto
local. Assim começou a progredir o conhecido Retiro de Cima. Um povoado logo
surgiu formando sua feirinha, ainda em 1949.
Para quem
gosta de passear, conhecer e se sentir bem com a simplicidade das cidades
sertanejas, poderá fazer uma visita a Palestina, bem iluminada pelo sol, limpa,
cheia de comidas regionais e outras atrações na feira semanal. A festa do
Padroeiro, Sagrado Coração de Jesus, acontece no dia 29 de junho, sendo motivo
de fé, alegria e orgulho para todos os palestinenses.
Estive ali
algumas vezes, mas não consegui fazer o que muita gente gosta de
aprontar: tomar banho no açude do DNOCS, em tempo de calor. Perto do rio São
Francisco, o município fica um pouco afastado da rodovia, mas vale pela
tranquilidade e acolhimento da sua gente. Nem só de eleições vive a PALESTINA.
Autobiografia
CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).

Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
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