quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O que fazer nas férias?



Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Se todo o ano fosse de férias alegres, divertirmo-nos tornar-se-ia mais aborrecido do que trabalhar.
                                                                                                          William Shakespeare

Os pais em vez de deixar os seus filhos em casa sem fazer nada durante as férias, na frente da televisão e ou do computador, acessando redes sociais, apenas com a finalidade de gastar e ou queimar o tempo, sugerimos uma infinidade de lugares em João Pessoa, Santa Rita, Cabedelo, Lucena, Sapé, Pilar, Cruz do Espírito, por exemplo. Sugerimos visitar as seguintes cidades:
                       
João Pessoa, Capital de nosso Estado da Paraíba, os vossos filhos podem visitar além das praias, o Espaço Cultural José Lins do Rego Cavalcanti, a Estação Ciência Cabo Branco, o Parque Arruda Câmara, o Conjunto Arquitetônico do Centro Histórico São Francisco, Ponta do Seixas (ponto extremo da América do Sul), a igreja de Nossa Senhora do Carmo, do Mosteiro de São Bento, da Igreja da Misericórdia, do Convento São Pedro Gonçalves, local que contém a muralha inicial da colonização da atual Paraíba a partir de 1585, a Casa da Pólvora, o Palácio da Redenção, o Palácio da Justiça e o Teatro Santa Rosa, a Mata do Buraquinho, dentre outros lugares também importantes para nossa geografia e historicidade paraibana.
                       
Santa Rita, Capital do açúcar do Estado da Paraíba, os jovens durante o período de férias poderão visitar nossas igrejas centenárias: São Sebastião, fundada no final do século XVI em Tibiri; Nossa Senhora do Socorro, na localidade de igual nome; Nossa Senhora da Batalha, anexa a ponte sobre o rio Paraíba de igual nome; Nossa Senhora do Patrocínio, na localidade de igual nome, Santa Ana, localizada em Gargaú; São Francisco Xavier, no Engenho Capelinha, depois da Usina Santana;  Nossa Senhora da Conceição, do século XVII e o Santuário Matriz de Santa Rita de Cássia (1776), no centro da cidade; dentre outros locais como: as ruínas da primeira fábrica de cimento na América Latina, antes de Livramento; O Forte Atalaia, localizado em Forte Velho; as ilhas e o transporte fluvial no estuário do rio Paraíba e pertencentes a Santa Rita, além das usinas e engenhos de cana de açúcar, embora de fogo morto, a exemplo do engenho Tibiri em ruínas. Além do ciclo e da pesca do caranguejo, patrimônio cultural e material de nossa gente, fonte de riqueza inesgotável de onde centenas de famílias tiram seus sustentos há séculos.
                      
Cruz do Espírito Santo, antigo Espírito Santo e Maguari, onde os visitantes poderão conhecer as ruínas de vários engenhos, dentre os quais, o Espírito Santo, que deu origem ao nome da cidade; os engenhos Santa Luzia (Tabocas), Santana, Massangana, em ruínas, além do Engenho São Paulo, com mais de cem anos de funcionamento fabricando cachaça. Sem deixar de lado as igrejas seculares: Batalha; Santo Antônio; São Filipe (ruína); Nossa Senhora da Consolação (ruína); Matriz do Divino Espírito Santo; Nossa Senhora do Desterro (1869), além da Estação Ferroviária de Entroncamento – Paula Cavalcante e a ponte de Cobé sobre o rio Paraíba, conjunto arquitetônico ferroviário de engenharia avançada e que faz parte da história da Paraíba e do Brasil ferroviário do século XVIII.
                      
Cabedelo, além das praias e do porto de igual nome, tem o Forte de Santa Catarina, origem historicidade da defesa do território brasileiro e paraibano em tempos idos, tendo em vista ser o local onde o branco, negro e o índio, recepcionaram seus algozes em defesa da soberania nacional desde os tempos do Brasil Colônia Portuguesa, através do batismo de ferro e fogo para transformar o Brasil em uma terra livre a exemplo dos dias atuais.
                      
Lucena tem praias e verão o tempo todo, além do conjunto arquitetônico do Convento de Nossa Senhora da Guia, localizado na praia da guia. É a terra do poeta e escritor Américo Falcão.
                      
Sapé, já foi conhecida nacionalmente como sendo a capital nacional do abacaxi, nas décadas de 60 e 70 do século XX, temos o Memorial Augusto dos Anjos, localizado na antiga Usina Santa Helena, onde crianças, jovens e adultos viajaram no tempo e no espaço, conhecido a vida e obra do ilustre escritor e poeta do “EU”, além da casa de Guilhermina, sua ama e mãe de leite, local do museu, a casa grande, a igreja onde ele foi batizado e o pé de tamarindo, as margens do riacho do rio Uma, que passa por trás da casa grande, local onde ele nasceu e criou-se. Além do Memorial João Pedro Teixeira, mártir das ligas camponesas tendo em vista que foi assassinado em 02 de abril de 1962, localizado no povoado da Barra, as margens do Rio Gurinhém.
                        
Pilar tem o Memorial José Lins do Rego Cavalcanti, instalado na casa grande do Engenho Corredor, local de seu nascimento, além de ter sido um dos ambientes da filmagem do filme nacional “Menino de Engenho”, em 1965, baseado em sua obra de igual nome, localizado as margens do rio Paraíba e a Casa da Câmara, inaugurada em 1859, pelo Imperador Pedro II.
                        
Isso é apenas um exemplo do que os pais podem fazer para ocupar o tempo das férias e educar e instruir seus filhos com o que temos de melhor em termos de passado que ainda se faz presente em nossas vidas. Escolha seu roteiro de férias e divirta-se além de aprender mais conhecimentos sobre você e sua gente. Tais lugares e objetos culturais materiais e imateriais, aqui apontados, por analogia, são tão importantes, por exemplo,  quanto o Parque Ecológico Mangal das Garças, criado em 2005, em Belém do Pará; quanto a Estação das Docas, inaugurada em maio de 2000, nos 500 metros de orla fluvial do antigo porto de Belém/Pará; quanto o Palácio das Artes, instalado em Belo Horizonte, local considerado como sendo um dos maiores centros culturais da América Latina; quanto ao Instituto Ricardo Brennand, que foi criado em 2002 com o objetivo de preservar e difundir a história, arte e a cultura brasileira, enfocando principalmente o período chamado de Brasil Holandês; quanto a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, criada em 1974, ambas localizadas em frente ao Palácio dos Bandeiras, sede do Governo do Estado de São Paulo. Aí estão expostas as obras do holandês Frans Post e dos artistas consagrados brasileiros: Portinari, Lasar Segall, Di Cavalcanti e Brecheret; quanto ao Museu Mazzaropi, localizado em Taubate/São Paulo, que por si só concede projeção a vida e a obra do ator e imortal Jeca no cinema nacional, um dos primitivos inventores da sétima arte no Brasil; quanto ao MAM – Museu de Arte Moderna da Bahia, edificada no século XVII, na praia de Bahia de Todos os Santos, por iniciativa de Pedro Unhão de Castelo Branco e quem em 1963, foi adquirido e revitalizado pelo Governo do Estado da Bahia; e quanto ao Museu Imperial, antigo Palácio Imperial de Petrópolis, residência especial e predileta do Imperador Pedro II, cuja construção teve inicio em 1845. Em suma, Sidney Saymon, enfoca que “O problema das férias é que elas acabam cedo demais”.


http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4608036


Enviado pelo o autor: Francisco de Paula Melo Aguiar

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