sábado, 14 de dezembro de 2013

O PODER DO DIÁLOGO



Por Francisco de Paula Melo Aguiar

O silêncio também fala, fala e muito! O silêncio pode falar mesmo quando as palavras falham.
                                                               Osho

Ontologicamente falando o termo poder vem do radical latino “pot”, “potestas”, via o idioma italiano “podere”. É por isso que Sartre afirma que “a felicidade não está em fazer o que a gente quer, mas sim em querer o que a gente faz”, no exercício do poder a favor e ou contra a população.

Assim podemos enfocar de que pelo menos o referido termo tem três acepções fundamentais e distintas entre si. A primeira acepção é a capacidade natural de agir, como por exemplo, quando afirmamos que um líder tem o poder de levantar, eletrizar e conduzir as massas a conseqüências nunca esperadas, ex-vi a figura de Jesus Cristo, no inicio de Cristianismo até a presente data, de Frei Damião em suas missões no nordeste do Brasil durante mais de cinqüenta anos de pregação do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Padre Cícero Romão Batista, ex-vi as romarias seculares, iniciadas por ele e ainda hoje cultuadas por milhões de brasileiros, de Antônio Conselheiro, em Canudos na Bahia, segundo os escritos relatos contidos em “Os Sertões”, na visão realista de Euclides da Cunha, dentre outros grandes lideres. Na política partidária isso também ocorre através do proselitismo e do sindicalismo exacerbado dos empregados contra os patrões, ex-vi os ensinamentos de Marx e seus seguidores, do populismo de Getúlio Vargas, onde o mesmo era a mãe da pobreza e o pai da riqueza. No inicio da década de 40 do século XX, criou a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho para os empregados urbanos e deixou de fora a leva de trabalhadores rurais sem qualquer tipo de proteção legal previdenciária e profissional, onde o cambão, moderno paradigma da escravidão branca se perpetuou por mais de quarenta nos no país. A segunda acepção do exercício do poder e ou não poder é a faculdade de ordem legal e ou moral, o direito de agir e ou deixar de agir a favor e ou contra determina coisa na gestão pública: federal, estadual e ou municipal, envolvendo as relações da vida pública e da vida privada do cidadão. Assim podemos dizer que no regime democrático, o Presidente da República, o Governador do Estado e o Prefeito Municipal, tem poderes constitucionais e legais, para vetar determinado projeto de lei antes de sua sanção. E isso acontece muitas vezes contra o interesse da população, principalmente em matéria de direito tributário, dentre outros assuntos, o que vale dizer que tal comportamento político, infelizmente, que não são poucas as distorções e o jogo de interesses politiqueiros que invalidam e ou falsificam o exercício do poder, apesar das promessas de tempos de campanhas políticas. Depois de eleitos, esquecem por completo dos temas levantados e prometidos para ganhar a campanha. O povo sai sempre derrotado, como “rolete” chupado depois das urnas apuradas para todos os cargos em todos os municípios brasileiros. Quando são candidatos dizem que não fazem porque não tem o poder e depois de eleitos não fazem porque a lei não permite. E o povo continua sendo jogado como cachorro que cai de mudança. Um exemplo, “nu e cru”, disso é o caso de até para fazer um cadastro dos programas sociais, base fundamental do proselitismo nacional para se manter no poder, diante da miséria alheia dos mais humildes, administrados e pagos pelo Governo Federal, onde cada município entra apenas com as filas do povo para fazer o cadastro, obrigando a cada munícipe a passar a noite inteira em claro, em uma fila interminável para mostrar que o povo é como cobra, pois, cobra que não anda não engole sapo, ex-vi a gíria popular. E de todas é uma loucura sem par, este mundo querer-se endireitar, na visão de Jean Molière. Concordamos com isso, porém, entendemos que a política é a arte de engolir sapo, segundo afirmam os profissionais que vivem dela. E isso é porque estamos no regime democrático, onde o todo poder emana do povo e em seu nome é exercido, conforme determina a Carta Magna de 1988. Nos regimes totalitários, a coisa ainda é pior, não existe qualquer tipo de controle e quem exerce o poder, exerce na forma que vem a sua cabeça, ex-vi o caso de Cuba, onde a família Castro, deita e rola, e já faz muito tempo. E o Brasil através dos atuais governantes, fecha os olhos e tem aquele governo como seu aliado de colega de poder, embora seja uma ditadura sem precedentes nas Américas. E isso é abuso de poder porque o povo não é ouvido para nada. Por analogia ao pensamento de Erasmo, “pode querer bem aos outros quem não quer bem a si mesmo?”, claro que não. Acontece abuso de poder também com os municípios brasileiros que ainda não tem os conselhos municipais dos contribuintes, como por exemplo, Santa Rita/Paraíba, se o cidadão comum receber uma multa de trânsito (não tem aquém recorrer, falta o Conselho Municipal de Trânsito ser criado e instalado com legislação e composição de colegiado), um aumento absurdo do IPTU sobre um imóvel seu, não tem aquém recorrer, pois, se recorrer, o seu recurso vai ser julgado pela mesma pessoa física que representa a pessoa jurídica (Prefeitura Municipal) que fez o lançamento do imposto absurdo, inclusive aumentando o valor venal de seu imóvel para influenciar e justificar o aumento do tributo anualmente. É essa a política gestora dominante nos milhares de municípios do país. Nossa terra não tem na forma da lei ainda o Conselho Municipal de Trânsito e bem assim o Conselho Municipal do Contribuinte. E até porque “saber não é suficiente; devemos aplicar. Querer não é suficiente; devemos fazer”, conforme enfoca Johann Goethe. Os direitos e deveres são desiguais entre a Fazenda Pública Municipal e seus contribuintes. E isso é abuso de autoridade e de poder, que vem se repetindo desde que Santa Rita/PB, é cidade há mais de cem anos (09 de março de 1890 aos dias atuais). Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, o povo reagiu com o IPTU cobrado com valores absurdos em 2013 pelo atual gestor do PT-Partido dos Trabalhadores, não teve pena e ou compaixão da população rica e ou pobre ao aumentar e penalizá-los com aumento astronômico no IPTU daquela cidade, que ainda encontra-se “subjudice”, graças ao Ministério Público Estadual de São Paulo, exemplo que deverá ser seguido pelos demais órgãos do Ministério Público Estadual pelo Brasil afora, acreditamos que inclusive seja esse o procedimento na Paraíba, se preciso for em cada um dos seus 223 (duzentos e vinte e três) municípios. E assim sendo, vem à terceira acepção do termo “poder”, onde o termo designa a “olho nu a autoridade”, representado pelos poderes: executivo, judiciário e legislativo. O Brasil não adotou o Poder Judiciário Municipal, tem apenas o Estadual e o Federal. É o Estado julgando o próprio Estado em pleno regime democrático, mesmo diante das desigualdades locais, regionais e nacionais. Por incrível que pareça os processos do interesse do poder público neste país ficam dormindo nas gavetas do judiciário durante décadas e quase sempre terminam sem solução em favor do cidadão interessado.

Agora a sociedade moderna tem que aprender conviver também com o chamado poder econômico, tendo em vista o poder de interferir não só no plano econômico, mais também nos planos: político e social, ex-vi que todos os cargos geralmente são conferidos a pessoas e a grupos locais, regionais e nacionais, levando-se em consideração a posição de predomínio que cada individuo e/ou grupos,  detém na atividade produtiva. E isso significa que são essas pessoas e ou grupos que nomeiam candidatos de Presidente da República a vereadores e depois nomeiam os ministros, secretários, etc.

Assim sendo, é uma realidade que o poder econômico tem a capacidade de falsear toda a atividade econômica, tendo em vista que é submetida aos interesses privados, ex-vi, as práticas monopolísticas do tipo privatizações federais, estaduais e municipais, é o caso de privatização de estradas, aeroportos, portos, transportes, etc. A juventude e toda e qualquer pessoa adulta e ou da melhor idade deve ter interesse pessoalíssimo em fazer a leitura ao livro: “O PODER DO DIÁLOGO”, de autoria de Alkindar de Oliveira, tem apenas 168 páginas, da Editora Planeta, para aprender na teoria e na prática como se tornar um grande líder no que faz cada individuo, pois, trata-se de uma boa conversa sugerindo por analogia como possível solução para a saúde das empresas em gerais, incluindo aí os órgãos do poder público da administração direta e indireta, envolvidos com educação, segurança, transportes, comunicações, saúde, infraestrutura, etc, uma vez que o autor diferencia em sua fundamentação: debate, discussão e diálogo, afirma que tais formas de comunicação apresenta o caminho para se chegar ao consenso e pelo o ouvir interessado e respeitoso, entre as partes envolvidas, sugerindo a criação de grupos de diálogos entre as participantes com quatro e ou seis pessoas, sempre em busca permanente do consenso ativado por conversas verdadeiras, resultando em economia de tempo quando na fase de aplicação e ou implantação das idéias transformadas em projetos estruturantes a longo, media e ou curto prazo, tamanho é o envolvimento de todos no tocante a participação, gerando eficiência e produtividade e o comprometimento com as metas a serem atingidas. Na realidade, o exercício do poder em nome da “situação” e ou da “oposição”, politicamente falando, seja ela qual for o gestor, é sempre uma anomalia histórica e social, isso é discurso politiqueiro, pois, Albert Einstein tem razão de sobra ao afirmar que “loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual!”, o poder sobe para cabeça e o gestor (federal, estadual e municipal) se acha dono do pedaço e/ou da razão e jamais quer dialogar com seus súditos, inclusive esquece que quem paga os seus vencimentos e de seus seguidores é o povo que o elegeu para o exercício de um mandato eletivo e temporário. É um fato, Osho tem razão “esqueça essa história de querer entender tudo. Em vez disso, viva, em vez disso, divirta-se! Não análise, celebre!”. Tudo vai passar e ficará como antes no Quartel de Abrantes!


Enviado por: Escritor Francisco de Paula Melo Aguiar

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