domingo, 29 de dezembro de 2013

HUMILDADE, GRANDEZA E FINGIMENTO



Por Francisco de Paula Melo Aguiar

Querer não é poder. Quem pôde, quis antes de poder só depois de poder. Quem quer nunca há de poder, porque se perde em querer.
                                                      Fernando Pessoa

A origem do termo humildade vem do latim “humilitas”, de “humilis”, no sentido de pequeno, que está perto do chão, igual à humus. Assim sendo, a humildade de uma pessoa, enquanto individuo e/ou ser, é comprovada por sua condução a consciência das suas próprias limitações materiais, espirituais, morais, éticas, profissionais, políticas, religiosas, educacionais, etc. De modo que “se alguém por acaso procurar você...”, alegando que está “com frio”, e assim “é porque você tem o cobertor”, o que “com alegria”, você deveria responder “é porque tem o sorriso acolhedor”, sem ser candidato a presidente da República, a governador de Estado, a prefeito municipal, a deputado federal, a senador, a deputado estadual e/ou a vereador, pessoas de visões e sorrisos fáceis em época de campanhas..., ex-vi o saber popular que assim afirma, o que diriam “com lágrimas” nos olhos “é porque você tem o conforto”, não precisaria ser escritor, poeta, advogado, médico, engenheiro de obra pronta, enfermeiro, etc, para entender de que a única diferença existente entre o político mal intencionado e a caixa de água, é que a caixa de água só tem um ladrão e na classe política tem muitos ladrões. Assim sendo, você com promessas, sem promessas, com prosas, com versos e/ou sem versos, responderia com certeza que “é porque você tem música”, faz festa para enganar o povo, pensaria mais um pouco para enfeitar a mentira que ia dizer, enquanto pessoa, “com dúvidas”, querendo ser a melhor e mais honesta pessoa do mundo de que “é porque você tem o caminho”, a verdade, a aprovação e/ou desaprovação popular, as pesquisas que o digam, pois, a política é a ciência do bem comum, segundo os teóricos das ciências humanas em seus mais variados tratados até então conhecidos pela humanidade em todos os tempos de sua historicidade. Na prática os políticos não agem assim, pois, “com orquestras”, usando o dinheiro do povo, distribuem terrenos, pousam para se fotografar entregando cadeiras de rodas, cobertores, sextas básicas, visitas no leito de mortes de pessoas necessitadas de tudo, entregando material esportivo para pequenos clubes de futebol e outras modalidades, etc, quando distribuem, são raros os casos, para que a população humilde, cale a boca e faça suas casas em bairros que eles mesmos chamam de favelas e ou de presídio aberto, quando na realidade lhes faltam tudo, inclusive a segurança pública comunitária e programas de educação e inclusão familiar em tais localidades, onde o crime impera, diante da inércia dos governos: federal, estadual e municipal. Aí a lei do silêncio passa a vigorar em nome do tráfico de drogas nacionais e internacionais. A juventude é dragada e liquidada antes de completar dezoito anos de idade. E a classe política fica sempre fazendo ouvido de marcador. Então aí você vai entender de que distribuir: comidas, livros, remédios, fazer escolas, hospitais, calçar ruas, terraplanar e asfaltar ruas e estradas, colocar água encanada e esgoto sanitário, transportes públicos, construir creches, campos de futebol, fazer festas para o povo, fazer funcionar a limpeza pública, pintar e conservar todos os próprios públicos, oferecer benefícios dispensando impostos para empresas nacionais e multinacionais se instalarem no país, no Estado e no município, tudo é pago com o dinheiro do povo, da gasolina ao papel higiênico usado do presidente da República ao vereador municipal. E “com desânimo”, você nada fará, nem como pessoa e muito menos como político no exercício de qualquer mandato popular, “e porque você tem o estímulo”, toda a população paga seus impostos: federais, estaduais e municipais, de forma direta e indireta, cujos valores estão acrescidos na comida, na vestimenta, na água, na energia elétrica, no serviço de telefonia celular e fixa, etc. Aqui se paga para nascer, para viver e para morrer. Pense nisso! De modo que “com fantasias”, nada se resolve, pois, “é porque você tem a realidade” e não sabe o valor que tem em suas mãos, pois, alguém já disse que o título eleitoral serve apenas para fazer ladrão, discordamos em parte disso, assim e “com desespero”, nada resolvido, assim “é porque você tem paz de espírito”, tem uma família construída nos moldes da fé cristã, da humildade e da ética, aí pensa que todo mundo é como você, que faz o que pensa dentro da legalidade. Aí “com entusiasmo” renovado outra vez, “e porque você tem brilho” em suas ações e atitudes como pessoa onde estiver, entende as necessidades dos mais humildes: sem casa, sem lar, sem hospitais, sem médicos, sem professores, sem profissão, sem emprego, sem tudo, etc, pois, sem e ou “com segredos”, sem tramoia política partidária e administrativa, mesmo assim, você enquanto povo deve entender que “é porque você tem cumplicidade”, criticando e/ou ficando calado, diante dos gatos públicos, ex-vias licitações das obras e serviços públicos administrativos, onde somente os apadrinhados serão selecionados em suas concorrências viciadas nos três níveis de administração: federal, estadual e municipal. O dinheiro público sai pelo ralo da corrupção administrativa. É o povo fica calado. Quando fala, aí é taxado de desonesto e marginal. É aí onde você “com confiança”, si mesmo, uma vez que “é porque você tem a segurança”, o respeito e o compromisso por seus atos, sempre sem e/ou “com medo”, tudo porque você tem você amor ao que faz para si e para os seus semelhantes, advindo daí “uma responsabilidade imensurável nas mãos de quem é procurado” pelos mais humildes que tem necessidade de tudo nesta vida em termos materiais. Alguém já disse que “faça tudo que estiver ao seu alcance quando alguém te procurar”, alegando que tem frio, fome, sede e precisa de uma casa para morar, de livro para estudar, de médico e remédio para não morrer de uma simples gripe, de professor para deixar de ser analfabeto, de dentista, de enfermeiro, de saneamento dentro e fora de sua casa, de acessibilidade urbana e rural, etc, pois, “pode ser que você seja sua maior esperança”, para si e para os necessitados, a exemplo do vizinho, dos bairros mais humildes, em qualquer cidade do mundo que por cima da faxina ajuda a dividir o tempero para dar gosto a comida que encontra-se cozinhando na panela do vizinho necessitado.
               
Na classe política mundial falta humildade em qualquer nível de gestor federal, estadual e ou municipal, pois, a pessoa humilde, a exemplo de Nelson Mandela, dentre outros, não se deixa lisonjear pelos elogios e bajulações dos seus comandados e/ou pau mandados, levando-se em consideração a situação de destaque em que se encontre temporariamente, tendo em vista o voto popular da comunidade/população eleitoralmente ativa. O poder político é a expressão de um grupo e não de um individuo no exercício do poder: federal, estadual e municipal. É verdade que todo sábio é humilde em sua essência pessoal e profissional, porque sabe e tem ciência própria que só sabe um pouco do muito que deveria saber. O que na realidade não acontece com a classe política, o individuo ao investir-se em qualquer cargo político pode ser analfabeto, porém aprende rapidamente a manipular o erário: dinheiro público para atender suas necessidades pessoais, familiares e grupais. O povo fica para depois. O político assim, “nasce” do nada e se transforma em um império de grandeza de resultados nunca conhecidos, embora saiba que sua grandeza e/ou sonho de grandeza só lhe foi possível devido o empenho e os sacrifícios dos inúmeros heróis anônimos que foram à luta oferecendo suas próprias vidas, no campo de batalhas, por terem um sonho sonhado de que sempre existe o outro lado, o novo dia e novo tempo. Ser humilde não é ser fingido, tendo em vista que tem consciência clara do valor relativo de suas ações pessoais individuais e coletivas. Tudo tem o valor relativo, passageiro do mandato que não lhe pertence, das coisas que estão a “olho nu”, comprovadas de que a classe política não tem humildade, é vaidosa, arrogante, prepotente, vive de fingimento para manter-se na grandeza do “poder”, sic, que emana do povo e em nome dele deve ser exercido, quando ninguém? Ninguém sabe?! Invocamos o pensamento de Johann Goethe, onde “não basta saber, é preciso também aplicar, não basta querer, é preciso também fazer”. Então, você deve fazer sua parte, elogie, critique, bote a boca no trombone e fale para todo mundo lhe ouvi por bem ou por mal, fale e fale muito!...


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Enviado pelo o escritor Francisco de Paula Melo Aguiar

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