Por Clerisvaldo B.
Chagas, 20 de dezembro de 2013 - Crônica Nº
1109
Foto
rara e única. Clerisvaldo e zé de almeida cantam para os velhinhos com
apresentação de José pinto de Araújo, na igreja matriz de senhora Santana.
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1.
Cantoria, peleja – Duelo de estrofes realizado entre dois cantadores
violeiros-repentistas do Nordeste;
2.
Cantoria de pé de parede – Cantoria tradicional realizada em casa de família,
principalmente em casa de fazenda e não em salões, festivais, congressos e semelhantes;
3.
Baionada - Cada uma das fases em que se divide a cantoria, após pequeno
descanso dos cantadores;
4.
Emborcar a viola – Parada súbita da baionada, por um dos cantadores, ao escutar
uma estrofe criativa e rara do parceiro e que ele não tem condições de
“pagá-la”, no momento;
5.
Pagar o verso (estrofe) – Fazer uma estrofe tão excelente e rara quanto à do
companheiro;
6.
Cantar elogio – Hora de elogiar as pessoas para arrecadar dinheiro;
7.
Baião de viola – Musical retirado das cordas da viola, enquanto os poetas
pensam o que vão dizer;
8.
Deixa – rima obrigatória que o vate tem que fazer ao iniciar sua estrofe
rimando seu primeiro verso com o último deixado pelo parceiro;
9.
Balaio – defeito grave em que o cantador, ao invés de cantar repentes como o
parceiro, tentar burlar a plateia com versos decorados – cantar balaio;
10.
Repente – Estrofe criada na hora;
11.
Sextilha – Estrofe composta por seis versos, base da cantoria;
12.
Estrofe – Conjunto de versos de quantidade variável. Cada linha é um verso;
13.
Tema, mote – Um ou dois versos fixos para serem repetidos ao final de uma
estrofe com dez pés (linhas, versos);
14.
Gênero – Cada uma das mais de 40 modalidades de estrofes usadas em cantoria,
com musicalidades próprias. Exemplos: sextilhas, sétimas, martelo agalopado,
martelo alagoano, martelo miudinho, mourão de sete linhas, mourão, oitavão
rebatido, gemedeira, galope beira-mar, mourão perguntado e tantas outras.
Autobiografia
CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo Braga
das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova)
s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo
(depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua
vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º
teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de
escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da
Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja
Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL),
núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense
de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da
Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de
Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva;
membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico
Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios,
Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela
ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema
(romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval
do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do
Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário
romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos –
1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até
setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras
inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de
Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina,
História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do
Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve
crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2013/12/dicionario-da-cantoria.html
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