sábado, 21 de dezembro de 2013

DICIONÁRIO DA CANTORIA



Por Clerisvaldo B. Chagas, 20 de dezembro de 2013 - Crônica Nº 1109 

Foto rara e única. Clerisvaldo e zé de almeida cantam para os velhinhos com apresentação de José pinto de Araújo, na igreja matriz de senhora Santana.



1.   Cantoria, peleja – Duelo de estrofes realizado entre dois cantadores violeiros-repentistas do Nordeste;

2.   Cantoria de pé de parede – Cantoria tradicional realizada em casa de família, principalmente em casa de fazenda e não em salões, festivais, congressos e semelhantes;

3.   Baionada  - Cada uma das fases  em que se divide a cantoria, após pequeno descanso dos cantadores;

4.   Emborcar a viola – Parada súbita da baionada, por um dos cantadores, ao escutar uma estrofe criativa e rara do parceiro e que ele não tem condições de “pagá-la”, no momento;

5.   Pagar o verso (estrofe) – Fazer uma estrofe tão excelente e rara quanto à do companheiro;

6.   Cantar elogio – Hora de elogiar as pessoas para arrecadar dinheiro;

7.   Baião de viola – Musical retirado das cordas da viola, enquanto os poetas pensam o que vão dizer;

8.   Deixa – rima obrigatória que o vate tem que fazer ao iniciar sua estrofe rimando seu primeiro verso com o último deixado pelo parceiro; 

9.   Balaio – defeito grave em que o cantador, ao invés de cantar repentes como o parceiro, tentar burlar a plateia com versos decorados – cantar balaio;

10.          Repente – Estrofe criada na hora;

11.          Sextilha – Estrofe composta por seis versos, base da cantoria;

12.          Estrofe – Conjunto de versos de quantidade variável. Cada linha é um verso;

13.          Tema, mote – Um ou dois versos fixos para serem repetidos ao final de uma estrofe com dez pés (linhas, versos);

14.          Gênero – Cada uma das mais de 40 modalidades de estrofes usadas em cantoria, com musicalidades próprias. Exemplos: sextilhas, sétimas, martelo agalopado, martelo alagoano, martelo miudinho, mourão de sete linhas, mourão, oitavão rebatido, gemedeira, galope beira-mar, mourão perguntado e tantas outras.

Autobiografia
CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA 
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA 
 
Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.  
 
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL. 
 
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).

 

Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia). 

Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia) 
 
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2013/12/dicionario-da-cantoria.html

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