terça-feira, 10 de dezembro de 2013

DANE-SE O POVO!



Por Clerisvaldo B. Chagas, 10 de dezembro de 2013 - Crônica Nº 1102

A eterna rotina eleitoreira mal se aproxima e as cobras velhas procuram refazer os ninhos. Os alagoanos vivem mergulhados numa velha tradição implantada pelos coronéis do padre Feijó e os senhores escravagistas dos engenhos açucareiros. Antigos costumes que poderiam ter sido quebrados por governadores sertanejos com oportunidades de ouro às mãos. Mas é como diz hoje um matuto enriquecido no ramo de transporte alternativo, em nosso estado: “Mãe pergunta quem é que mexendo com mel não lambuza as mãos e prova da doçura?”. É mesmo difícil de acreditar que o homem de bem entre na política e não se corrompa.


Outros afirmam que o corrupto já existia com cara de bonzinho, faltava apenas à oportunidade reveladora. Assim, aquele que teve oportunidade de mudança, passou a ser um dos piores no antigo Palácio dos Martírios. Um cargo tão infeliz que procuraram mudar a roupa do hospedeiro. De Martírio passou a Palmares, como se a simples mudança de nome e lugar alterasse alguma coisa. Os hóspedes continuaram  à tradição da porcaria enlameando a alma do herói negro Zumbi.

Quando publicam a batida cartilha das eleições, o analfabetismo, a violência, o descaso e a falta de apetite de governar, chegam rápidos à cabeça dos alagoanos. Vivemos uma política de raízes e troncos desumanos das quais ainda não conseguimos nos livrar. “A minha voz arrepare eu cantando, é a mesma voz de quando, meu reinado começou”, dizia o Gonzagão. Isso vale para o sistema de desmando que nesse pequenino torrão mantém eterna rolha no suspiro. Em vez de sentirmos orgulho pelos feitos de Zumbi, Floriano e Deodoro, temos vergonha de uma elite podre que não consegue deixar o poder há cem anos, passando procuração para filhos, netos e bisnetos deixando os caetés sem o escape morubixaba. O povo, o que pensa o povo? O que sabe o povo? Filho do torrão, perdido na injustiça, sem saúde, sem educação, sem porta de saída, sob a aflição perene dos mesmos. A única promoção é dentro do próprio circo quando deixa de ser aprendiz e passa a ser palhaço maior. Para eles, DANE-SE O POVO!


Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA


Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 

Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.

Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).

Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)



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