POR: FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
De tanto ver triunfar as
nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça.
De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a
desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
Rui
Barbosa
A origem do termo
honestidade vem desde o Império Romano, portanto, vem da Língua Latina sua
epistemologia lingüística, de modo que “honestitas”, da raiz “honor” e ou de “honos”,
significa honra, daí porque o referida termo quer dizer e é sinônimo de
honradez, ex-vi ensinamentos de filósofos, jurisconsultos e pensadores que
construíram a história da humanidade em todos os tempos e lugares. No tocante a
origem latina já enfocada, podemos dizer que o termo honestidade tinha e tem um
sentido amplo, geral e irrestrito, a ponto de compreender todas as virtudes de
uma vida humana, enquanto cidadão e ou cidadã, portanto aplicado a ambos os
sexos sem distinção étnica, racial, sexual, política, religiosa, esportiva,
filosófica, sociológica, etc., trata-se de uma cidadania pautada segundo a lei
natural da razão. Era assim entendida a honestidade do ser humano mesmo antes
do século XIX e ou século das luzes. Dessa forma, atualmente o termo
honestidade tem um sentido mais restrito e refere-se especialmente aquilo que
chamamos de veracidade da palavra e da lisura dos homens públicos e privados em
suas relações dentro e fora da gestão pública e privada para com a justiça. O
que significa dizer que se um cidadão afirma que é honesto e tem mãos limpas, a
grosso modo não quer dizer que o seja, pois, tal certidão em nome da sociedade
da qual ele faz parte, cabe direta e indiretamente a justiça pública assim o
dizer, afirmamos justiça pública, porque as gangues do crime organizado,
através de suas milícias, também que seus princípios amorais de fazer justiça
com suas próprias mãos, via violência para serem respeitadas por seus membros
diretos e indiretos, inclusive não reconhecem o Poder do Estado de Direito,
garantia da Carta Magna Federal de 1988, quando o fato criminoso acontecer no
âmbito brasileiro. Essa tipologia de fazer justiça via julgamento sumário vem
acontecendo pelo mundo afora e no Brasil já uma constante nos guetos e favelas
das grandes e pequenas cidades. Assim por analogia ao bem comum, Voltaire
menciona que “ensina-se os homens a serem honestos; sem isso, poucos chegariam
a sê-lo”.
A luz de tal
entendimento, é considerado um cidadão honesto, aquele que não cria situações e
ou não mente, que respeita a sua palavra dada em seus atos públicos e privados,
é incapaz de cometer improbidade administrativa na vida pública e na vida
privada do tipo apropriação indébita em seus negócios e bem assim no exercício
de suas responsabilidades públicas e privadas. Assim aquilo que chamamos de
honestidade na vida de um cidadão quer dizer que ele tem virtudes morais e
cívicas, de modo que sem a qual tornar-se impossível a superação do
subdesenvolvimento em todos os sentidos dos países, dos estados membros, dos
distritos e dos municípios.
Na realidade geopolítica
brasileira, o nosso país tem: 26 Estados Membros; 01 Distrito Federal
(Brasília); 01 Território Federal (Fernando de Noronha, agregado ao Estado de
Pernambuco); e 5.570 (cinco mil, quinhentos e setenta) municípios¹/². Ato
contínuo, podemos imaginar de que em um país com tantos entes da administração
direta, além da administração indireta e suas autarquias, etc., depende muito
em todos os sentidos e amplitude da gestão administrativa: federal, estadual,
distrital e municipal, de homens públicos, honestos enquanto gestores, caso
contrário jamais o subdesenvolvimento nacional, regional, estadual e local,
será superado e a população continuará sonhando em dias melhores que jamais
chegarão. Um país, um Estado membro, um Distrito Federal e ou um Município, do
maior ao menor existente no Brasil e ou no mundo, que seus homens públicos são
desonestos paga um tributo imenso à insaciável desonestidade de seus líderes e a
“Ordem e o Progresso”, termos emanados da Bandeira Nacional, em termos de
Brasil, vai juntamente com a vaca para o brejo..., pois, quando a desonestidade
se instala na administração pública, seja ela federal, estadual, distrital e ou
municipal, não há em termos de existência, recursos que cheguem para o menor
programa de desenvolvimento nacional, regional, estadual, distrital e ou
municipal. As conseqüências são inumeráveis assim procedendo, pois, vai faltar
dinheiro público para ser investido para a menor melhoria das condições
vivenciais do povo, tendo em vista que quantias vultosas desaparecem por canais
ocultos e pelos chamados processos de licitações viciadas, através de pessoas
especialmente contratadas e habilidosas para a concretização em longa escala no
decorrer de cada exercício financeiro e orçamentário. Existe zum...zum... na
imprensa falada e escrita de que apenas menos de 30% (trinta por cento) dos
100%(cem por cento) de recursos destinados a investimentos nacionais,
regionais, estaduais e municipais, são realmente aplicados e o resto sai pelo
ralo da corrupção política administrativa. Infelizmente, só se sabe aonde esses
canais conduzem, quando se observa o aparecimento de enormes fortunas feitas
num período administrativo de certos e pseudos lideres nacionais, regionais,
estaduais, distritais e municipais. A maior rebeldia em termos de maneira e ou
forma de desonestidade é aquela que acaba por ser confirmada e ou identificada
como vivacidade do gestor e ou político desonesto de inicio e ou de fim de
carreira na vida pública. Quem compra o voto para ser eleito é semelhante ao
pensamento de Charles Baudelaire ao enfatizar de “para o comerciante até a
honestidade é uma especulação financeira”, o que vale dizer que o comerciante
não pode ter prejuízo em suas atividades. Aqui a política é comparada a uma
atividade comercial e tem que dar lucro aos ocupantes dos cargos públicos e
isso se chama desonestidade. As quantias roubadas jamais foram e/ou serão
devolvidas com o mesmo rigor da legislação que cobrou do pobre e do rico
contribuinte tais recursos, tendo em vista a lentidão e procrastinação
processual que explodem através de recursos intermináveis, enquanto um ladrão
de galhinha é condenado simploriamente pelo maquina judiciária para cumprir
pena em presídios não oferecem as condições mínimas de reeducar um ser tido
como humano e vomitado pela sociedade diante de sua conduta mínima de
desonestidade em sua primariedade. Aqui ser vivaldino é ser honesto e ter mãos
limpas, sic, pois, com o dinheiro público desviado pode pagar os melhores
advogados que a terra já produziu em termos de formação literária e jurídica.
Diante de tal
cosmovisão comportamental, o cidadão honesto, então, passa passivamente a ser
considerado como simplório e que não sabe aproveitar as oportunidades dadas
pelo povo através do voto secreto e universal. O povo constitui a autoridade,
através do voto, passando-lhe uma procuração temporária, onde não tem a
clausula é para roubar e roubar de verdade. É ai onde o risco da tentação de
desonestidade tem inicio, quanto maior for o poder de decisão e de concentração
nas mãos de seus dirigentes, enquanto gestores da “rés pública”, isto é da
coisa pública.
O comportamento corrupto
via a desonestidade dos homens públicos, não é privilegio apenas do regime
democrático, pois, a desonestidade é pratica em grande escala pela direita e
pela esquerda e leva ao totalitarismo em termos de regimes políticos
administrativos, e independem do veredicto popular via o voto, inclusive é aí
onde os administradores corruptos tem a certeza de que não serão punidos,
tamanha é a garantia da impunidade de tais regimes socialistas e comunistas
distribuídos pelo mundo inteiro.
Em síntese, é um perigo votar
em gente corrupta porque o regime democrático é apenas usado para que através
do voto, corruptos e corruptores, enganam a população em sua lealdade e
honestidade na hora de votar. Portanto, votar é uma responsabilidade muito
séria que o eleitor tem na hora de decidir por escolher pessoas honestas, caso
contrário elegerá gato por lebre, ficará tudo como antes no Quartel de
Abrantes, apesar de votar para eleger administradores, probos e honestos para
exercer os mais diversas cargos públicos da federação nacional nas esferas:
federal, estadual, distrital e municipal. E até porque a honestidade política
administrativa realiza milagres sem dizer o nome do santo, porque o dinheiro é
fruto dos impostos diretos e indiretos pagos por ricos e pobres e é a condição
“sine qua non” do desenvolvimento e do progresso que todos os cidadãos sonham e
idealizam na hora de votar em alguém que seja honesto no exercício do cargo
público, pois, “nenhuma herança é tão rica quanto à honestidade”, ex-vi William
Shakespeare.
¹ O termo município (vem do latim
municipium, antiga designação romana) e/ou conselho (termo não usado mais no
Brasil Republicano) é uma unidade de divisão territorial e de divisão
administrativa de determinados países.
² http://oglobo.globo.com/pais/com-5-novos-municipios-brasil-agora-tem-5570-cidades-7235803
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4554816
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