quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A SÍNDROME DA REELEIÇÃO



Por: Francisco de Paula Melo Aguiar

O papel do Estado, com efeito, não é exprimir, resumir o pensamento irrefletido da multidão, mas sobrepor,  a esse pensamento irrefletido, um pensamento mais meditado e, por força, diferente. É, e deve ser, foco de representações novas, originais, as quais devem por a sociedade em condições de conduzir-se com maior inteligência que quando é simplesmente movida dos sentimentos obscuros, a agir dentro dela.”
Emile Durkheim

Quando o povo necessita de água, energia elétrica, casa para morar, escola para si e para seus filhos, saúde: médicos, enfermeiros, medicamentos, hospitais, ambulâncias e atendimento durante 24 horas por dia; segurança pública; qualificação e formação de mão de obra; industrialização do município para viabilizar trabalho/emprego privado para o povo; cultura e lazer; meio ambiente sem lixo e depredação do patrimônio público; educação de primeiro mundo: escolas instrumentalizadas com professores concursados, ganhando bem, valorizado e qualificado permanentemente através de cursos de especialização, mestrado, doutorado, etc., prédios  das escolas bem conservados em todos os sentidos, inclusive com mobiliários adequados, segundo a faixa etária de aluno; não misturar educação regular com educação de jovens e adultos, informatização das escolas e ter ambiente virtual para os alunos fazerem suas pesquisas dirigidas e orientadas por professores e técnicos especializados (não é apenas colocar computadores em uma sala e deixar os alunos queimar horas e seus neurônios sem saberem o que estão fazendo...); bibliotecas físicas e virtuais é uma obrigação da escola e um direito dos alunos, ex-vi verbas do FUNDEB e plano estrutural de cada gestão, onde tudo é sonhado, planejado e executado. E isso é uma realidade ex-vi Friedrich Nietzsche quando menciona que “nossos pensamentos são as sombras de nossos sentimentos, sempre mais obscuros, mais vazios, mais simples que estes.”
                        
 É muito triste acessar as redes sociais e se deparar com mentiras públicas proferidas por empregados do povo do tipo: vereador, deputado estadual e ou federal, senadores, governadores, prefeitos e presidente da República, empurrando de goela abaixo de que estão fazendo tudo para atender aos mais necessitados, quando na verdade, seus próprios salários, de seus recebedores de ordens e familiares contemplados com os benefícios temporários concedidos pelo povo através do voto. Tudo isso é pago com o dinheiro público, via os impostos diretos e indiretos do povo: rico, pobre, acima e abaixo da linha de pobreza, todos são contribuintes diretos e indiretos, porque quando uma pessoa pede um simples copo com água em nossa porta, lá estão embutidos impostos pagos obrigatoriamente pelo usuário do sistema de fornecimento do liquido precioso. Podemos também lembrar de que uma simples lâmpada em um poste da iluminação pública, que esteja acessa e ou apagada é paga diretamente pelos demais usuários da cidade de Santa Rita em sua popular e mensal conta de energia elétrica via o que chamamos taxa de iluminação pública (aprovada pela Câmara Municipal que obriga os usuários a pagá-la mensalmente e que tirou tal obrigação do Governo Municipal, onde esse ficou apenas com a obrigação de receber os impostos provenientes dessa mesma taxa para manter a referida iluminação público nos bairros pobres e ricos, etc, de nossa cidade), ex-vi valores constantes em sua Nota Fiscal de Consumo de Energia Elétrica da Energisa, todos os meses, conjuntamente aos impostos: COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social, instituído e cobrado mensalmente pelo Governo Federal  e ICMS – Imposto de Consumo de Mercadoria e Serviços, cobrado mensal pelo Governo do Estado da Paraíba. Somente aqueles que fazem parte dos programas sociais de baixa renda são isentos do ICMS, apenas. E até porque “Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Como nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo”, isso é a visão de mundo de Buda, para fazermos o bem e ou mal, tudo porque a política é a ciência do bem comum, porém, em sua prática a metodologia de fazer o bem se transforma em fazer o mal em nome da corrupção política administrativa, visando o enriquecimento ilícito em pouco menos de quatro anos de pleno exercício de certo e determinado cargo sem compromisso com o povo que o elegeu.
                     
O político oportunismo entende que todo mundo é besta e que somente ele é sabido e que foi ele que inventou o céu e o inferno em todos os sentidos e o povo tem que acreditar em suas metodologias de enriquecimento sem motivo, vejam, por exemplo, esse caso de São Paulo, onde os auditores fiscais estão sendo acusados de enriquecimento sem justificativa plausível. E o pior todos foram delatados através de uma carta anônima, nos moldes dos tempos da Ditadura Militar de 1964, onde uma carta anônima poderia cassar o mandato e a honradez de um e ou vários políticos detentores de mandatos federais, estaduais e municipais pelo Brasil afora. A carta anônima usada e investidos os nomes ali existentes, pode ser usado em qualquer parte do Brasil, inclusive em Santa Rita, se a moda pega, aí a coisa vai ficar preta, basta que o órgão do Ministério Público e da Fazenda Pública Municipal, assim entendam. Esse instrumento de carta anônima é uma metodologia dos regimes facistas... algo antagônico ao regime democrático vigente no Brasil. Tudo isso representa demagogia para fabricar gente de mãos limpas e gente de mãos sujas... E assim sendo “as coisas não mudam, nós é que mudamos. O início de um hábito é como um fio invisível, mas cada vez que o repetimos o ato reforça o fio, acrescenta-lhe outro filamento, até que se torna um enorme cabo e nos prende de forma irremediável, no pensamento e ação”, na visão de Orison S. Marden.
                       
Tem muita demagogia no exercício dos mandados eletivos, pois, seus ocupantes passam a idéia de que são eles os donos de tudo e que estão mesmo assim tendo os seus gordos salários pagos pelos impostos diretos e indiretos da população, porém, estão fazendo “favores ao povo”, ao colocar água, energia elétrica nas ruas das cidades e suas favelas e lugares urbanos e rurais, isso é uma cultura de alienação social de que o político pode tudo e o povo que faz a constituição e nomeia seus políticos através do voto, inclusive pagando seus salários e aposentadorias mensais, são os pobrezinhos do pedaço.  Isso é conversa para boi dormir. Nenhum político é eleito para dar nada ao povo e sim para abrir a boca e gritar representando o povo, dizendo o que está sendo desviado e negado ao mesmo povo. Bem isso quando o político tem ética e não quer enganar o povo que o elegeu, porém, quando o poder sobe para a cabeça, o povo fica para ser enganado, outra vez na próxima campanha com promessas vindas do inferno e ou da casa de uma “divindade”, que não é séria e muito menos honesta no exercício da gestão e de seus falsos propósitos. Isso é apenas um exemplo, de que os impostos diretos e indiretos estão e são pagos mensalmente por todos os contribuintes diretos e indiretos, basta nascer com vida no Brasil para ser obrigado a pagar tais impostos: municipais, estaduais e federais. Não tem perdão para ninguém. É por esse e outros motivos que estão surgindo gente revoltada nos quatro cantos do Brasil, quebrando tudo público e privado. Somos pessoalmente contra tais atitudes atribuídas aquém quer que seja, inclusive aos “Black blocs” no Rio de Janeiro e em São Paulo. É gente da canalhice política da esquerda e da direita que estão em seus guetos enfocados e levando tudo para casa e querem anarquizar o regime e/ou sistema democrático até então implantado no Brasil, pós-revolução e ou Ditadura de 1964, depois da eleição de Tancredo Neves, no meio da década de 80 do século XX. A versão da implantação da filosofia “Black blocs” em nossos dias no Brasil, nos faz lembrar de que tal movimento surgiu na Europa¹, onde o grupo de lá usa coturnos e o preto total em suas vestimentas, cuja cor, por analogia também é usada no uniforme dos mascarados brasileiros, embora usem sandálias do tipo havaianas e camisas de times queridos pela população nacional.

O povo precisa e necessita urgentemente de ter água para beber, energia elétrica, escolas, creches, calçamentos, esgotamento sanitário, segurança pública, empregos, fábricas, industrias grandes e de fundos de quintal, lazer, cultura, esportes, saúde, médicos, dentistas, enfermeiros, medicamentos, etc, os 365 dias do ano, nos povoados comunitários de Lerolândia, Emanuelândia, Cicerolândia, Bebelândia, Aguiarlândia, Marcos Moura, Odilândia, Augustolândia, etc, etc, etc, necessidades análogas são encontradas em qualquer parte do Brasil, nas favelas do Rio de Janeiro e de São Paulo, etc, e não é diferente tais necessidades básicas para existência do ser humano e de seus animais, qualquer parte do Brasil: sul, sudeste, centro-oeste, norte e nordeste. Em falando de Nordeste do Brasil, aí se encontra parado o programa de levar água para essa região, faltou dinheiro... que absurdo, não faltou dinheiro para fazer as “Arenas” para realizar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, quem já se viu que é mais importante realizar uma festa de trinta dias com esse nome e deixar milhões de brasileiros morrendo de fome e de sede, ficando recebendo esmolas das instituições públicas e privadas, em vésperas das eleições de 2014 que já se aproximam. Tudo mundo já está brigando de mentira para dizer que é situação e pede tudo para o povo e tudo de bom vai chegar, porém, depois das eleições... e outros dizendo, fazendo também sua dramaturgia eleitoral se dizendo que é oposição, que quer ganhar a eleição para salvar a Pátria e até porque Victor Hugo tem razão ao afirmar de que “Onde está o pensamento, está a força. É tempo de os gênios passarem à frente dos heróis”.
                      
O povo tem de ser mais vigilante no exercício do voto para vigiar a prática da vida diária de seus políticos: federais, estaduais e municipais, em qualquer cidade do Brasil, inclusive em Santa Rita, por exemplo, pois, prestem bem atenção:” a síndrome da reeleição é uma armadilha criada pelo sistema de representação, que lança numa dinâmica perversa os vários níveis do Poder Legislativo²”, isso em termos: federal, estadual e municipal. Vem daí a profissionalização do político, que faz tudo para não sair do poder e seu povo continuará como antes no Quartel de Abrantes, na miséria da pobreza eterna porque pobre só nasceu para levar fumo, no dizer certos profissionais que usam o voto alheio para se tornar ricos, sem plantar um pé de grama e nada mais.

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4560981

Enviado pelo escritor Francisco de Paula Melo Aguiar

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