A Delmiro
Rocha é uma ruazinha perdida entre a Avenida Presidente Dutra e a Rua Francisco
Mota. Um bequinho que, para ter acesso, é preciso pegar a Rua Dr. Pedro
Ciarlini, a Rua Delfino Leite e ter bastante cuidado para não cruzá-lo e sair
na Rua da Harmonia, outro trecho que se bifurca com o estreito logradouro. As
pessoas que passam por lá, ou mesmo os seus moradores, não sabem nada sobre o
nome da rua. Nem a senhora que passa apressada, o estudante de 14 anos que olha
curioso no portãozinho da casa da avó ou mesmo os boêmios que se embriagam em
uma de suas esquinas. Porém, se voltarmos no tempo, vamos descobrir que a
pequena rua não faz jus ao seu patrono, que no passado foi um dos homens mais
importantes e poderosos de Mossoró.
A vida do comerciante e político Delmiro Rocha é o tema do 14.º livro do escritor e pesquisador Misherlany Gouthier, em parceria com o bioquímico Fernando Diniz Rocha, neto de Delmiro. O trabalho, que foi lançado neste final de semana e traz à tona a história de um homem forte e que enfrentou o cangaço, ajudou no desenvolvimento de Mossoró e que ainda o faz através de seus herdeiros de sangue.
Delmiro Alves da Rocha Maia nasceu em Catolé do Rocha (PB), em 1859. Inclusive, o nome da cidade é uma homenagem ao nome de sua família, que também teve grande participação política no sertão paraibano. A sua vinda para o Rio Grande do Norte se deu justamente devido à política. Filiado ao Partido Liberal, na época do bipartidarismo, teve de bater de frente com os Conservadores, chegando a ser obrigado a empunhar armas contra o cangaceiro Jesuíno Brilhante em 1874, quando o cangaceiro potiguar filho de Patu invadiu a cidade de Pombal. Depois desse confronto, que não feriu nenhum dos dois combatentes, sua situação pirou, obrigando-o a buscar novos caminhos.
Contraparente do velho Jerônimo Rosado, patriarca da família Rosado, Delmiro Rocha veio procurar abrigo em Mossoró, entrando logo para o ciclo de “amizades gratas”, o que o deixou confortável para montar um grande comércio de variedades, fazer grandes investimentos em prédios, residências e, posteriormente, se tornar um político concorrido, chegando ao cargo de intendente, equivalente a um vereador de hoje. Chegou a exercer dois mandatos. Foi dele também a fazenda Guilhermina, que depois ficou conhecida como fazenda São João, hoje assentamento Nova Esperança.
Os sobrenomes Alves e Maia presentes no nome de Delmiro são, segundo Misherlany Gouthier, os mesmos do atual senador José Agripino Maia, mas foram seus filhos e netos que mantiveram viva a memória e a força do nome da família. Delmiro casou-se em 1888, com a paraibana Paulina Diniz Oliveira, com quem teve 16 filhos. O autor não sabe informar se algum nasceu aqui, mas garante que todos estudaram em Mossoró. Entre eles, destacaram-se o médico Janúncio Rocha e o vereador, ex-deputado e procurador da Justiça Thiers Rocha. Entre os netos, figuram o coautor de sua biografia, Fernando Diniz Rocha, a empresária Maria de Fátima Rocha Diniz, dona do Tempero Regina, e Nevaldo Rocha, dono das lojas Riachuelo. Nevaldo foi citado pela revista Forbes como um dos 100 homens mais ricos do Brasil.
O homem que deixou tanta história morreu em 1926, um ano antes da invasão do bando de Lampião a Mossoró. Era tão importante à época que o jornal O Mossoroense divulgou que havia morrido o “capitão Delmiro Golveia”. Contudo, o comerciante caiu no esquecimento da massa no município que ajudou a construir e hoje se tornou apenas o nome de uma viela de pouca importância para a geografia da cidade. O livro que tem o seu nome é uma tentativa de Misherlany Gouthier e de sua família de tentar deixar viva a memória do patriarca dos Alves e Maias de Mossoró.
Misherlany Gouthier trabalhou durante quatro anos para concluir o livro que conta a trajetória do empresário Delmiro Rocha, isso porque contou com todo o apoio e parceria do bioquímico Fernando Diniz Rocha. A obra traz ainda um acervo de 100 fotografias do comerciante e seus bens, a genealogia da família e verbetes biográficos falando de outros membros da família. O lançamento do trabalho aconteceu na sexta-feira, 18, às 19h, na Biblioteca Ney Pontes Duarte, e teve o apoio da Academia Maçônica de Letras.
A vida do comerciante e político Delmiro Rocha é o tema do 14.º livro do escritor e pesquisador Misherlany Gouthier, em parceria com o bioquímico Fernando Diniz Rocha, neto de Delmiro. O trabalho, que foi lançado neste final de semana e traz à tona a história de um homem forte e que enfrentou o cangaço, ajudou no desenvolvimento de Mossoró e que ainda o faz através de seus herdeiros de sangue.
Delmiro Alves da Rocha Maia nasceu em Catolé do Rocha (PB), em 1859. Inclusive, o nome da cidade é uma homenagem ao nome de sua família, que também teve grande participação política no sertão paraibano. A sua vinda para o Rio Grande do Norte se deu justamente devido à política. Filiado ao Partido Liberal, na época do bipartidarismo, teve de bater de frente com os Conservadores, chegando a ser obrigado a empunhar armas contra o cangaceiro Jesuíno Brilhante em 1874, quando o cangaceiro potiguar filho de Patu invadiu a cidade de Pombal. Depois desse confronto, que não feriu nenhum dos dois combatentes, sua situação pirou, obrigando-o a buscar novos caminhos.
Contraparente do velho Jerônimo Rosado, patriarca da família Rosado, Delmiro Rocha veio procurar abrigo em Mossoró, entrando logo para o ciclo de “amizades gratas”, o que o deixou confortável para montar um grande comércio de variedades, fazer grandes investimentos em prédios, residências e, posteriormente, se tornar um político concorrido, chegando ao cargo de intendente, equivalente a um vereador de hoje. Chegou a exercer dois mandatos. Foi dele também a fazenda Guilhermina, que depois ficou conhecida como fazenda São João, hoje assentamento Nova Esperança.
Os sobrenomes Alves e Maia presentes no nome de Delmiro são, segundo Misherlany Gouthier, os mesmos do atual senador José Agripino Maia, mas foram seus filhos e netos que mantiveram viva a memória e a força do nome da família. Delmiro casou-se em 1888, com a paraibana Paulina Diniz Oliveira, com quem teve 16 filhos. O autor não sabe informar se algum nasceu aqui, mas garante que todos estudaram em Mossoró. Entre eles, destacaram-se o médico Janúncio Rocha e o vereador, ex-deputado e procurador da Justiça Thiers Rocha. Entre os netos, figuram o coautor de sua biografia, Fernando Diniz Rocha, a empresária Maria de Fátima Rocha Diniz, dona do Tempero Regina, e Nevaldo Rocha, dono das lojas Riachuelo. Nevaldo foi citado pela revista Forbes como um dos 100 homens mais ricos do Brasil.
O homem que deixou tanta história morreu em 1926, um ano antes da invasão do bando de Lampião a Mossoró. Era tão importante à época que o jornal O Mossoroense divulgou que havia morrido o “capitão Delmiro Golveia”. Contudo, o comerciante caiu no esquecimento da massa no município que ajudou a construir e hoje se tornou apenas o nome de uma viela de pouca importância para a geografia da cidade. O livro que tem o seu nome é uma tentativa de Misherlany Gouthier e de sua família de tentar deixar viva a memória do patriarca dos Alves e Maias de Mossoró.
Misherlany Gouthier trabalhou durante quatro anos para concluir o livro que conta a trajetória do empresário Delmiro Rocha, isso porque contou com todo o apoio e parceria do bioquímico Fernando Diniz Rocha. A obra traz ainda um acervo de 100 fotografias do comerciante e seus bens, a genealogia da família e verbetes biográficos falando de outros membros da família. O lançamento do trabalho aconteceu na sexta-feira, 18, às 19h, na Biblioteca Ney Pontes Duarte, e teve o apoio da Academia Maçônica de Letras.
Fonte: http://www.defato.com/noticias/26990/de-capitao-a-viela
Enviado pelo pesquisador José Edilson de Albuquerque Guimarães Segundo
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