sexta-feira, 16 de agosto de 2013

PELAS RUAS DE MACEIÓ

Por: Clerisvaldo B. Chagas, 15 de agosto de 2013. - Crônica Nº1068

Navegando em cima de duas pernas, vamos inspecionando o Comércio da velha Maceió, fundada em 1609 e desmembrada da Vila de Santa Maria Madalena da Alagoa do Sul, em 1815. Sua elevação à condição de cidade, aconteceu em 9 de dezembro de 1839, graças ao movimento do porto de Jaraguá, por onde era exportado açúcar, tabaco e coco. 

Parque Gonçalves Ledo, em agosto de 2013. – (Autor)

O Comércio pouco mudou em relação ao nosso tempo de estudante, em seu aspecto físico. Podemos dizer que a única novidade relevante foi o calçadão que veio com a finalidade de revitalizar o Centro, após o advento de Shoppings, pelos bairros. O costume da burocracia brasileira de concentrar tudo nas capitais faz-nos peregrinar repartição por repartição para resolver simplesmente uma folha de papel, graça a arrogância de chefinhos de repartições. E vamos aproveitando para rever ruas tão faladas e prédios tão pouco conhecidos. Assim nos deparamos com a Rua do Sol, onde inúmeras vezes passamos na luta pela vida. Beco do Moeda, Rua das Árvores, Ladeira do Brito, denominações emplacadas pelo povo que ainda hoje resistem aos títulos oficias das vias.

Instituto Histórico Geográfico de Alagoas, em agosto de 2013. (Autor).

Ali está o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, onde entramos pela primeira vez, como estudante, pagando apenas uma quantia simbólica. Em segunda oportunidade, conversamos muito com o escritor penedense Ernani Otacílio Méro − que muito nos incentivou a migrar para a capital − prefaciador do meu romance “Defunto Perfumado”. Pela terceira vez adentramos aquele prédio para pesquisar sobre ”Lampião em Alagoas”.

O Instituto é uma organização da sociedade civil dedicada ao estudo e à pesquisa nos diversos campos da História, da Geografia e das Ciências Sociais. É um edifício tombado pelo patrimônio estadual e fundado em 2 de dezembro de 1869. Abriga o mais representativo acervo iconográfico e documental sobre a história de Alagoas, além de conjuntos de interesse arqueológico e etnográfico, obras de arte, hemeroteca, fototeca, biblioteca e arquivo.

Mais acima um pouco, do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, o Parque Gonçalves Ledo que muito me impressionava na época. Não perdeu a beleza, porém, com histórias de tarados, drogados e outras coisas mais, anda um pouco deserto pela falta de segurança nos logradouros da cidade. Vamos navegar PELAS RUAS DE MACEIÓ.

Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA


Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 

Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.

Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).

Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.

(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

 http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br


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