Por: Clerisvaldo B.
Chagas, 26 de agosto de 2013. - Crônica
Nº 1074

“O NATAL DE GRECCIO”
Vamos iniciar
a semana com um inspiradíssimo puxão de orelha do nosso saudoso amigo e
escritor penedense.

“Os homens
crescem no acumular riquezas. Lutam e nem sempre com dignidade pela conquista
do poder. Procuram solapar a dignidade da família. Agridem à natureza, obra de
Deus, a serviço do próprio homem. Nega a Deus, construindo dentro de si, do seu
“eu” um ídolo que o atrai e o trai, deixando-o apaixonado pela sua própria
grandeza fugidia e passageira. Assistimos, não vejamos nesta afirmação
pieguismo e nem cafonismo, um termo do momento, uma total “negação de Deus”.
O mundo da
técnica que deveria crescer harmonicamente está perdido dentro de sua própria
realidade. Quando o homem que é obra de Deus, deveria como Francisco cantar o ─ “Cântico
das Criaturas”,louvando pelas coisas criadas ao Criador, ele com seu egoísmo
procura destruir a natureza, pois destruir o próprio homem já não satisfaz.
Tudo isso
acontece porque o homem moderno prefere fechar o caminho que o leva a Deus que
é a“oração”, construindo dento de si o muro que divide ricos e pobres,
povos, filhos e pais, homens e o homem e Deus.
Como o homem
do século XX precisaria parar para uma reflexão! Calar, para no silêncio poder
escutar. Tomar consciência de que a sua vida é um trânsito longo ou curto.
Porque tanta ânsia de acumular riquezas, deter nas mãos o poder? Porque anular
o irmão para conquistar posição na sociedade? Porque anular fugir de sua
procedência divina, assumindo um comportamento que nega a sua razão de ser?
(...)
(...) Nós
homens todavia, continuamos com uma atitude covarde, distanciados da nossa
própria realidade, surdos ao chamamento, temerosos do encontro com a Verdade,
iludidos com o fugitivo, vazios, realmente, vazios.
Viver a nossa
realidade de ser criado não significa negar o valor dos “valores
de hoje”. Cada tempo tem a sua marca e sempre o homem é o agente da sua
realização. Se na Idade Média vivemos um momento inspirado no “Teocentrismo”, no
Renascimento assistimos a transformação da sociedade alicerçada no ideal
Antropocêntrico. O homem assume a própria dignidade de ser criado e começa a
participação da obra da criação que é contínua e perene.
A mística
seráfica não objetiva deixar o homem apático, fora da realidade da vida,
alienado das exigências do tempo. A mística seráfica soma com muita
autenticidade o Teocentrismo como fonte de ser como o
antropocentrismo atitude consequente de tomada de posição, onde o homem realiza
a sua missão de ser “co-criador com Deus”. Viver o franciscanismo é
assumir com dignidade a presença dos desafios porém sem egoísmo, mas com plena
consciência em Deus. É aceitar a sua realidade de agente co-criador e na obra
de criação que continua. É a aceitação plena da nossa condição de homem”.
· MÉRO,
Ernani. Retalhos. Maceió, Sergasa, 1987. Págs. 50-52.
Autobiografia
CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).

Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
http://jmpminhasimpleshistorias.blogspot.com
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