Por: Rinaldo Barros

Foco na
educação, refazendo tudo
“Os
investimentos em Educação ocupam papel central no progresso das sociedades”. (Darcy
Ribeiro)
Rinaldo Barros
É fundamental
compreender a questão educacional como parte de um Projeto civilizatório de
Nação. É importante repetir que, no entender deste locutor que vos fala, a
Educação não pode ser um projeto de governo ou um projeto de partido, mas um
projeto da sociedade, um projeto de Nação.
Grande
desafio do povo brasileiro, implicando na defesa da soberania nacional, na
redefinição das prioridades de investimentos, visando um novo pacto federativo
fundado na equidade, para superação das desigualdades e conquista do
desenvolvimento com menos consumismo, mais respeito ao meio ambiente,
universalização da educação de qualidade e da saúde pública, sustentabilidade
da matriz energética a partir de fontes renováveis; com resgate pleno da
cidadania.
A modernização
brasileira foi atravessada por essas questões cruciais: impactos da urbanização
acelerada, aviltamento do papel social do professor, projeto repartido de
educação (público e privado), visão dominante preconceituosa em relação à
pobreza, desigualdade espacial e cultural, e socialização vazia de Ética, de
valores universais.
Os diversos
indicadores educacionais ainda atestam as péssimas condições da educação
brasileira, comparadas a outros países do mundo, e como esta situação afeta o
nosso projeto de desenvolvimento, no médio e longo prazo. Vide nosso índice de
desenvolvimento humano (IDH).
A escola atual
não consegue levar as crianças e jovens a interiorizar e transferir para a vida
cotidiana os conceitos, hábitos e atitudes que procura ensinar, e coloca os
professores num difícil dilema.
Essa
contradição somente poderá se resolver a partir da articulação estreita entre a
Universidade e a sociedade, através de um fórum permanente de debates sobre as
grandes questões locais vinculadas ao processo de desenvolvimento, tal como ele
ocorre hoje no patropi.
Na situação
específica hoje vivida pelas universidades brasileiras, somos compelidos a
tentar responder a exigências históricas de reformar os currículos e repensar a
relação Universidade/sociedade.
Algo de novo
há de chegar, como uma lufada de ar fresco na arte de pensar.
Enfrentar esse
desafio supõe o abandono das certezas, para aceitar a transitoriedade dos
saberes e dos conceitos. Tais movimentos não se realizam por imposições
externas, mas por consolidação de convicções pessoais e coletivas na busca de
novos entendimentos para dar novos significados ao que fazemos ou desejamos
fazer.
Trata-se,
primordialmente, de um convite irrecusável ao exercício coletivo da reflexão
sobre o que faz e o que pretende fazer a Universidade, como instância
privilegiada de formação profissional.
O ponto de partida é a percepção de que qualquer instituição educacional tem a
cumprir um papel que lhe é socialmente atribuído, e que esta deve se organizar
e atuar no sentido de cumprir determinadas funções na sociedade a qual pertence
ou está inserida. Depois, é preciso olhar em volta de si, para o mundo.
A sociedade mudou, o mundo mudou. Estamos na sociedade da informação e do
conhecimento globalizado; interligados virtualmente - em tempo real – com
infinitas possibilidades de criação.
No caso das
universidades, historicamente, cabia-lhes (ainda cabe?) prioritariamente
produzir e transmitir conhecimento, conservar e difundir a cultura elaborada, e
garantir a formação daqueles indivíduos que poderão ampliar saberes que
conduzam para o desenvolvimento.
Isto quer
dizer que as atividades de ensino e as demais funções de uma Universidade devem
responder – com competência - aos anseios da sociedade, principalmente em relação
ao seu futuro.
Isto porque,
mesmo considerando que os processos educativos são reflexos do modo como estão
constituídas as sociedades e, portanto, exercem a função de manter esse modo,
estou convicto de que, ao mesmo tempo, cabe às universidades enfrentar o
paradoxo de promover mudanças socialmente desejáveis na direção do progresso
humano. Sempre.
Para cumprir
essa tarefa, a Universidade precisa ser maior do que ela mesma.
Encerro com
uma dica para nossos parlamentares federais: no mundo do “dever ser”, o Brasil
precisa urgente de uma “Lei de Responsabilidade Educacional”, estabelecendo as
premissas para a Revolução da Educação brasileira.
Refazendo
tudo!
(*) Rinaldo
Barros é professor – rb@opiniaopolitica.com
Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço
José Romero Araújo Cardoso
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