terça-feira, 21 de maio de 2013

OS GRANDES FILÓSOFOS


Por: Clerisvaldo B. Chagas, 20/21 de Maio de 2013 - Crônica Nº 1020

OS GRANDES FILÓSOFOS

Na minha terra, na década de sessenta, havia um sujeito autodidata que aprendera francês. Não tinha quem aguentasse tanta besteira daquele indivíduo, pelas ruas. Muitos fugiam ao avistá-lo por perto. Apareceu outro semelhante, mas esse era sobre gramática com ênfase para a colocação de pronomes. Muito pior do que esses dois foi o que encontrei ontem no comércio. Mostrava sua sabedoria numa sala de espera e ninguém ousava falar nada. Quando a moça pediu meu nome e profissão, o cabra vestindo linho branco óculos de aros finos, disse:”Ah, se o senhor é professor por certo conhece Erasmo de Rotterdã, Giordano Bruno, Rafael Sânzio. Tenho certeza que já leu sobre Thomas Morus, Tirso de Molina, Copérnico... Gil Vicente. O senhor mesmo tem cara de filósofo, quem sabe... Um São Tomás de Aquino! Gosta das tiradas de Maquiavel? O que o senhor acha dos Bourbon? Fiz que não ouvi nada daquilo, queria apenas que o pernóstico deixasse que a senhorita preparasse a minha ficha para encaminhamento. Senti que outras pessoas queriam uma resposta ou várias para matar o homem. Voltei-me, então, quando ele me fez a última pergunta: “O senhor conhece Stálin?”.

Amigo, nunca ouvi falar nessas pessoas citadas pelo senhor. Tenho meus autores prediletos. E sem dar a ele oportunidade de resposta indaguei: “Conheceu o grande filósofo Duda Bagnani? E Leonel Bagnani, seu irmão? O senhor já leu Giramundo? Propício, o doido? Leu a saga dos irmãos Poni e Agissé? Sabe quem foi o rei da música Banda Mel? Por certo conhece Alegria Alegria e deve ter lido as obras de Oliveira, Teresão, Vardo, Popota e João Barrão. Como estar vendo, a minha área de conhecimento não bate com a sua. Com licença”. Todos os nomes que falei são de malucos ou personagens folclóricos do meu interior. O homem ficou atarantado, mas não desistiu. Perguntou-me onde encontrar essas obras tão preciosas. Virei-me e respondi: “Pesquise na Internet na página ‘Negão do Posto’, tem tudo. Da entrada do elevador, espiei por cima dos ombros. O sujeito estava lá, espalmando as mãos como quem pergunta: E agora? Bem, pelo menos os populares meus conhecidos me salvaram pelo gongo. OS GRANDES FILÓSOFOS.

Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA


Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.


(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

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