Um adolescente
de 16 anos se entregou no início da tarde desta terça-feira (7) à 33ª Delegacia
de Polícia (Realengo), zona oeste do Rio de Janeiro, confessando ser o autor
do estupro que aconteceu em um micro-ônibus da linha 369 na última
sexta-feira (3). As informações são da 17ª DP (São Cristóvão), onde o crime foi
registrado. O jovem foi encaminhado à Vara de Infância e Juventude, que deve
decidir para onde ele será levado.
O crime no
veículo, que faz a linha Bangu-Carioca, aconteceu quando o ônibus circulava pela
zona norte. De acordo com informações divulgadas neste sábado (4) pela Polícia
Civil, o suspeito estava armado e entrou no veículo na altura da favela do
Muquiço e anunciou o assalto.
A vítima, cuja
idade não foi divulgada, também foi agredida a coronhadas. Após o crime, o
suspeito desceu na avenida Brasil, na altura do Instituto Nacional de
Traumatologia e Ortopedia (Onto). A vítima fez exames de corpo de delito e
foi encaminhada para um hospital para tomar coquetel antiaids.
Com imagens do
circuito de segurança do veículo a polícia tentava identificar o criminoso. O
Disque-Denúncia ofereceu R$ 2.000 de recompensa para quem informasse sobre onde
estaria o estuprador e recebeu 16 ligações.
Seis minutos
O delegado da
17ª DP (São Cristóvão), Maurício Luciano, afirmou na segunda-feira que a
violência sexual durou
cerca de seis minutos. O suspeito teria estuprado a vítima "no
centro do ônibus, na área reservada aos deficientes e no corredor",
segundo o titular do distrito policial.
Relembre:
Após estupro de turista, prefeitura proíbe vans na zona sul
Outros
crimes: Polícia investiga estupro e dez roubos em vans
Na tarde de
segunda, a Polícia Civil divulgou a primeira imagem do acusado, mas não havia
ainda a informação de que ele era menor de idade. O vídeo gravado pela câmera
interna do veículo mostra que a ação criminosa teve início às 15h35, quando o
suspeito anuncia um assalto, cinco minutos depois de entrar no ônibus, na
altura da favela do Muquiço, em Guadalupe, na zona norte. Havia cerca de dez passageiros
no coletivo.
"Ele não
aparentava nervosismo"
O delegado
Maurício Luciano afirmou ter ouvido das vítimas que o adolescente não
aparentava nervosismo e passou o tempo ameaçando matar os passageiros.
"Algumas vítimas contaram que ele cismou que um passageiro era policial,
chegou a revistá-lo. Ele demonstrou frieza [ao estuprar uma mulher em um
ônibus] e saiu calmamente do ônibus, na altura do Into [Instituto Nacional de
Traumatologia e Ortopedia], na avenida Brasil", disse.
"É uma
pessoa com distúrbio mental ou psicológico para praticar um ato desses com uma
pessoa chorando e traumatizada. Ele usou palavras chulas, encostou o cano da
arma na boca dela para intimidá-la e constrange-la", declarou.
http://noticias.uol.com.br
Se você gosta de ler histórias sobre "Cangaço" clique no link abaixo:
Nenhum comentário:
Postar um comentário