sábado, 23 de março de 2013

CIDADE SORRISO

Por: Clerisvaldo B. Chagas, 22/23 de março de 2013.- Crônica N º 988

Durante a semana, amigo velho, formaram-se nuvens de chuva grossa em Maceió, mas mudaram o rumo. O calor sufocante de alguns dias só conseguiu aquela chuva tipo casamento-de-raposa ou arenga-de-mulher, como diria Dadá, a companheira de Corisco. Mesmo assim, esse sertanejo alegrou-se vendo da varanda a água caindo do céu, o chiado diferente dos automóveis no asfalto.

MACEIÓ, CIDADE SORRISO. Foto: (Wikipédia)

Como todo bom sertanejo tem a chuva como parâmetro, chega o silencioso desejo de soprar as nuvens. Soprar forte com as bochechas no limite para empurrar os nimbos ao Sertão; lugar onde à seca braba engole um boi a cada minuto. Grita a ambulância doidamente, cortando a chuva, passando os carros, jurando o tempo. E ali pertinho o marzão! O marzão de ricos fazendeiros e agiotas da minha terra, Zé Quirino e Né de Júlio que em diálogo almejavam aquele mar de leite e outro de água para acrescentar ao primeiro e vender à população. É chegado o início de outono, meses favoráveis à umidade das terras semiáridas, mas o tempo anda meio doido, compadre, dizem que amalucado pelo homem.

E vamos para aquele sacrifício de resolver coisas em repartições públicas. Chateação sem fim a qual nunca me acostumei. A burocracia brasileira e a centralização irritariam até o Papa, se andasse por aqui. E ainda falam dos russos! Cessa à chuvarada. O taxista é mudo que só jumento carregado, mas o próximo tem a língua solta e procura corda para falar mal do trânsito. Diz que o trem urbano não irar resolver coisa alguma e sai citando sua tese de escoamento de veículos. “É verdade”, vou carimbando suas palavras para não passar por mal-educado, nem gerar polêmica. O homem quer retirar 90% dos semáforos da Fernandes Lima para torná-la via rápida apenas com passarelas. Depois diz que é evangélico e não quer perder a reunião da noite. Aplica umas cacetadas nos prestadores de serviços que não querem trabalhar à noite. Apesar de querer um trânsito rápido, seu encontro com Jesus deve mesmo limitar-se a sua igreja. E o danado vai telefonando para alguém passar ferro no seu terno. Celular em foco com o dono dirigindo, pode? É o fim da tarde na capital quando o homem mostra a conta e diz: tem desconto. Anoitece na CIDADE SORRISO.

Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA


Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.


(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

 http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br


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