Por: Clerisvaldo B. Chagas, 13 de dezembro de 2012. Crônica Nº 928

HEREGES
DE 2º CLASSE
Para àqueles
que procuram decorar as passagens bíblicas, fica fácil localizar uma parábola
de Jesus. Ele fala sobre um homem que imaginava construir um grande celeiro e
ali depositar toda a sua produção. Os seus produtos seriam tantos que ele
ficaria sem precisar mais trabalhar e apenas usufruir de tanta riqueza. Jesus
exemplifica e chama o homem de insensato e que naquele dia mesmo ele partiria
para o além. Imaginei muito, na época, para descobrir o fio da meada. O caso é
que o homem fez os seus projetos sem consultar o Senhor, pois Deus não estava
nos seus planos, apenas, ambição e insensatez moviam o fazendeiro.
Certa feita
eu me encontrava em um bar da minha cidade, chamado “Bar do Erasmo”, quando
entrou um cidadão bastante conhecido e que pertencia a facção do prefeito
recém-eleito. Já enrolando a língua, dizia besteiras umas atrás das outras até
que desafiou a plateia afirmando, arrogantemente, que a facção do parente
eleito iria passar doze anos no poder. O tal prefeito não passou dos quatro
anos e outras tentativas na política foram infrutíferas. O indivíduo arrogante
já morreu levando a cachaça e a frustração de outras derrotas no ramo da
esperteza. Foi ali que eu lembrei claramente da parábola acima. Dessa vez era
um grupo de pessoas que excluíra o Senhor dos seus projetos, pois os planos
malévolos, não podem contar com o Sumo-Bem.

Foto Wikipedia
A vida é
muito curta e cada pessoa desembarca por aqui trazendo a missão de servir. O
modo de servir é inúmero, desde as tarefas grosseiras às mais refinadas
possíveis. Quem se desvia da sua missão pendendo para o que não presta não pode
culpar quem o enviou. Encontramos muitas pessoas esclarecidas que não acreditam
em nada do que não veem, mesmo em micróbios. Mas outros têm uma consciência tão
clara dos preceitos naturais que põem Deus em tudo que escreve e diz. Um Deus
feito de quimera, de engano, um Deus que não existe, porque os atos terrenos
não condizem com o verdadeiro Soberano. Os leitores conhecem bem essa parte.
Quem não já foi vítima desse tipo de gente! Mentira, intriga, calúnia, ambição,
inveja e pedras na matula, dos lobos em pele de cordeiro.
Alguém já
dizia no interior: “Deus me proteja contra meus amigos pestes! Dos inimigos
declarados cuido eu”. E como diziam os livros das nossas antigas escolinhas:
“Quem cospe para cima...” Entre insensatos e outros tipos de insetos vamos
chegando ao Natal. Que as redomas protetoras livrem autor e leitores dos
HEREGES DE 2º CLASSE.
CLERISVALDO
B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA
– CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal
do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia
Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas
diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
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