Por: Clerisvaldo B. Chagas, 14 de dezembro de 2012. Crônica Nº 929

AS PRAGAS DO SARDINHA
Quem é do
estado não deixa de se sentir orgulhoso com duas pesquisas divulgadas há
pouco. Maceió foi considerada a mais bela capital litorânea do país; a rede
hoteleira de Alagoas foi apontada como a melhor do Brasil. Por outro lado, a
Braskem passa a ser o maior complexo cloro químico da América Latina. São
anunciadas cerca de setenta novas indústrias trazidas e implantadas no estado.
A evidência da maior obra hídrica do PAC, em andamento contínuo e fiscalizada
pelo governo federal, é uma realidade partindo para a metade do percurso. O
anúncio novela da instalação de dois estaleiros e a declaração de que a Vale
Verde está perto de explorar ferro e cobre na região do Agreste, sem dúvida
alguma, assanham a classe trabalhadora.

Mitra
de Bispo. (Fonte: Wikipédia).
Entretanto, é
de se interrogar, pesquisar, descobrir, por que essa unidade da federação não
consegue melhores resultados no Social. A pior educação do país, os menores
salários do Nordeste, campeão em violência e falta de oportunidades para os
seus filhos. No meio disso tudo o sofrimento particular dos professores e as
insatisfações salariais dos médicos. A luta pelo PCCS de ambas as classes
arrepiam a população caeté que se pudesse, colocava de trinta em trinta dias um
cabra diferente como dirigente estadual para tentar afastar o mocô grudado que
nem quebra-queixo.
Certo que
parte da Justiça, ultimamente, vem combatendo de forma mais aguda a corrupção
em todo o território alagoano, mas ainda é pouco. Os sites noticiosos editam
quase todos os dias ações contra prefeitos, ex-prefeitos e vereadores,
juntamente com afastamento de juízes que há muito são conhecidos pelo povo.
Todas essas ações aliviam o peito do alagoano sofrido, explorado e indefeso,
mas a sede de Justiça continua amargando a boca do pequeno. Em Alagoas os
presídios para políticos são potes sem fundo, os mandados para lá, quando por
acaso chegam, entram por cima escapolem por baixo. Os mesmos que depois passam
rindo por você, como se tivesse acabado de ganhar o Nobel do paraíso.
Respirando entre
o mar e o sertão; entre o computador e o chapéu
dos coronéis; entre o promissor e a cuia; entre o Olimpo e as abissais, o
alagoano procura sobreviver no pressionado mimetismo humano. Ó! Como prosperam
os puxas e os mancomunados! O restante, ah, o restante vai tentando exorcizar
“possível” praga do religioso devorado nessas terras pelos silvícolas. Quem
sabe se a sucessão de mortiços dirigentes estaduais não trazem mesmo a fome do
cacique e AS PRAGAS DO SARDINHA.
CLERISVALDO B.
CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA –
CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal
do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia
Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico
Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios,
Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são
obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance -
1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem
(conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor
maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado –
1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão
Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas
diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br/2012/12/as-praga-do-sardinha.html
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