Por: Clerisvaldo
B. Chagas, 5 de novembro de 2012. - Crônica
Nº 900

A
CRÔNICA DA CRÔNICA
Atingimos, finalmente,
o início da reta final de mil trabalhos. Nunca pensei em ser cronista. Esse
mister surgiu da necessidade de preencher o vazio entre uma publicação de livro
e outra. Crônica registra a simplicidade do dia a dia. Os gritos de um vendedor
de rua; a conversa do povo no mercado, na praia; Uma batida de automóvel...

Clerisvaldo
e lançamento do livro "Ipanema um rio macho". Foto: (Maltan
É o retrato
fiel do presente. Mas o que faz o cronista escrever todos os dias, não deixar
faltar nunca às palavras quentinhas da manhã? Doente, lacrimoso, desiludido,
sem inspiração, o dono dos textos espreme a cabeça e as crônicas saem.
Inspirado, melhor, as frases aceleram em cachoeira numa velocidade incrível.
Mas, quantas noites em claro para que o leitor anônimo, fiel e que não
interage, tenha o seu pão seguro da manhã. O pão da alma, o pão que alimenta na
prosa e na poesia, ajudando a viver. É de se perguntar, entretanto, numa parada
reflexiva, se vale à pena tanto esforço para o leitor sem nome. Para que
continuar uma caminhada de mais cem crônicas para completar as mil? Uma
necessidade orgânica? Uma vaidade do autor? Missão divina ou coisa sem nexo que
é melhor parar. Qual o prêmio em completar mil crônicas publicadas na Internet?
Temos revirado
o planeta pelo avesso, falando sobre tudo. Mas têm horas que esse tudo
aborrece. E mesmo aborrecido, temos que revirar os “cumbucos de sal”, como
se diz por aqui, para cumprir um compromisso pessoal de escrever. Ah, meu Deus!
E os meus romances onde ficam? “Negros em Santana” foi aparecer. “Lampião em
Alagoas” foi aparecer. Lá ficaram na fila “Deuses de Mandacaru”, “Fazenda
Lajeado” (romances) “Colibris do Camoxinga”, “O Boi a Bota e a Batina” e “Cem
Milagres do Padre Cícero”. Ainda bem que estamos apenas aguardando da gráfica,
os dois primeiros, para continuarmos essa sequência. Mas, e as crônicas, como
ficam? Será que atingiremos as mil? E depois, fazer o quê? Selecionar,
publicar? Não seria melhor encerramos logo nas 900 e retirar o blog? Enquanto
isso vamos viajar e respirar fundo para decidir se amanhã surge mais uma
história retirada de um porvir cibernético ou de um colchão “engembrado” de um
hotel.
Novecentas crônicas,
de segunda à sexta, sem parar, puxam para quatro anos de atividade digitando
para o mundo. O tapete vermelho das próximas cem vai dizer sobre a
possibilidade ou não de estiramento. Cinco meses estão aí na frente aguardando
a resposta do autor. Pelo menos hoje, dia 5, sai A CRÔNICA DA CRÔNICA.
Autobiografia do autor:
Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua
Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se
mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº
238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel
Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de
uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres).
Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre
Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana,
encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para
Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de
Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos
no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e
foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi
pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em
30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido
dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de
Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua
Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde,
em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro
de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE,
lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino
e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público,
deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos
(atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda
voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º
lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou
História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o
seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados
acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena
Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de
Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro
fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e
Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal
do Sertão(encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual
Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de
Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até
setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema,
um Rio Macho (paradidático); Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda
Lajeado (romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de
Santana do Ipanema(história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente
(2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas
diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente,
onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo
B. Chagas – Autobiografia)
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br
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