Por: Clerisvaldo
B. Chagas, Crônica
Nº 892

Neste Brasil,
estamos cansados de saber, os ícones da maioria são jogadores, cantores ou
astros de novelas. Eles estão sempre na mídia, arrebanhando atenção popular.
Bons, ruins ou medíocres, como pilhas de canções bregas, sem pé e sem cabeça,
sem letra, sem melodia, sem nada. A zoada predomina em muitas apresentações
para uma juventude que não alcançou a boa música. Difícil é uma pessoa fora
dessas áreas e da política ganhar notoriedade por grandes empreendimentos de
benefícios ao ser humano.

J.
Barbosa. Foto: F. Bezerra Jr./EFE
Um valoroso
cientista, um médico que descobriu determinado tipo de doença ou venceu para a
cura de outras, dificilmente ganham um espaço decente para suas descobertas.
Citamos um cientista, um médico, como outro qualquer grande profissional em um
ramo diferente. Os próprios escândalos de personagens da televisão, dos
estádios, dos palcos, da bandidagem dos morros, rendem mais do que doença. E
nós, brasileiros, vamos engolindo um bocado de porcarias e lembrando Chico
Anysio: “Vai comendo, vai comendo...”.
Nessa conjuntura,
numa olhadela quase impossível, surge um homem, simples, negro, sofrido,
inteligente e com sede de Justiça, no STF – Supremo Tribunal Federal. O
Ministro Joaquim Barbosa, aos poucos, foi marcando o seu território e se
impondo primeiro como ser humano e depois como um bastião dos que clamam pela
própria Justiça e, Justiça decente. Dessa vez, a mídia ajudou sim, a entornar o
supérfluo de todo dia e, a mostrar a seriedade de um trabalho sob desconfiança
geral. O julgamento do chamado Mensalão, para surpresa do Brasil, estar
funcionando de verdade e implantará esse marco extraordinário para o presente e
para o futuro da seriedade política brasileira. Sendo firme em seus
pronunciamentos em favor da moralidade, o ministro Joaquim Barbosa, ganhou definitivamente
a simpatia dos que têm vergonha e sentimento de brasilidade. Diante do poder
econômico e político que oprimem e pressionam os paladinos, Joaquim Barbosa,
mesmo que não se sinta herói nacional, já o é.
As
manifestações de ruas em apoio ao Supremo, as máscaras do Ministro Barbosa
em relevância, dizem bem que uma coisa muito boa estar acontecendo neste país.
Os infames que se cuidem, isso é só o início. Ou rompe a porteira ou estoura o
curral. O Brasil precisa descobrir muitos outros Barbosas, UM VERDADEIRO HOMEM.
Autobiografia do autor:
Clerisvaldo
Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua
Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do
Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a
sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da
professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove
irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental
menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o
Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase
em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o
Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os
dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso
Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital
paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE –
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974
com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas
filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de
Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA
- Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez
Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de
Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e
Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto
Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e
passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola
Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser
aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em
várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História,
Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em
vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as
escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das
Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco
lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e
ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua
vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro
de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em
Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio
do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor
à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de
Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes;
criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal
do Sertão(encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual
Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de
Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
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