Em meio
à escuridão e à desolação, sempre há um raio de luz. Lassana Bathily, um
jovem muçulmano do Mali, iluminou uma semana que de outra forma teria
sido completamente sinistra. Lassana Bathily salvou várias vidas ao
esconder vários clientes do supermercado kosher que foi alvo de um
atentado no dia 9 de janeiro, uma sexta-feira.
“Fui ao
frigorífico [do supermercado], abri a porta e várias pessoas entraram
comigo. Disse a elas para se acalmarem e não fazerem ruído”, afirmou ele
à emissora de TV francesa BFMTV. Com isso, mais de 12 pessoas escaparam
de uma morte quase certa.
Quando
saiu do supermercado, a polícia o prendeu e o manteve algemado por uma
hora e meia, assumindo que este homem negro era inevitavelmente um dos
terroristas. Quando a polícia se deu conta do erro, o interrogaram e
ele mostrou aos policiais o mapa do local, o que facilitou a ação da
polícia.
Este
jovem de 24 anos é especialmente humilde. “Sou muçulmano praticante. Já
havia feito minhas orações neste local. E sim, eu ajudei vários judeus. Nós
somos irmãos. Não é uma questão de ser judeu, cristão ou muçulmano,
estamos todos no mesmo barco”, disse ele.
Este
herói cidadão é um exemplo. Era um cidadão sem documentos quando chegou à
França, conseguiu emprego em um supermercado judeu, e salvou a vida de 15
pessoas judias. Quinze pessoas. Simples assim.
Temos muitas
lições para aprender com esta história. Os estereótipos fizeram com que a
polícia perdesse uma hora e meia numa situação em que cada minuto conta. Mas
a história de Lassana é também uma lição sobre os benefícios da
solidariedade, o verdadeiro significado de qualquer religião.
Por tudo
isso, pedimos ao presidente François Hollande que conceda a cidadania
francesa a Lassana e dê a ele a condecoração da Legião de Honra.
Thiaba
Bruni, porta-voz do CRAN
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