Por Clerisvaldo B.
Chagas, 24 de janeiro de 2015 - Crônica Nº
1.351
Felizmente
nessa conturbação mundial onde se grita tanto por Justiça, a fé permanece
crescente nos corações de homens e mulheres. Não a fé maculada pelo fanatismo
que distorce, renasce e continua infeliz. Mas a fé tranquila, cabocla e serena
dos humildes que removem montanhas diante dos incrédulos.
PRAÇA
E IGREJA PADRE CÍCERO, EM MARIBONDO. Foto: (Clerisvaldo).
Os templos,
grandes e pequenos, erguidos nas montanhas, nos rochedos, no barro, puxam,
mostram, clareiam uma jornada de vida bombardeada cotidianamente pelos
percalços que atormentam o ser humano. O maior dele, o maior de todos, o mais
esplendoroso de todos, é aquele erguido no cantinho mais puro do coração, livre
das maldades, dos engodos, das tormentas que afligem os mortais.
Quanto
prestígio tem o santo escolhido, apontado, testado nas adversidades...
E nas batalhas,
particularmente nordestinas, lá vai à multidão atrás do santo do povo, o santo
que entende a linguagem da região, que comanda e aplica o milagre no coração
limpo cujo grito de socorro ecoa rápido pelos emaranhados do universo. Olhar as
estrelas é fugir do meteorismo tresloucado das notícias que corroem a frágil
estrutura dos que não têm raízes.
E a fé da
noite vai fazendo a limpeza do dia, afastando os males pegajosos como faz a
“vassourinha” (planta) da rezadeira, no cair da tarde. As bênçãos ainda se
multiplicam nos que as procuram na humildade, no fervor divino, na crença
juvenil.
Cavando
masmorras aos vícios, erguendo templos à virtude, não importam os arredores
minados de garras gigantescas. A fé é verde sempre, mesmo nos rigores dos
verões mais tormentosos, resistente às enfermidades físicas e morais jamais
desistentes dos cercos periódicos.
E entre tantos
e tantos intermediários dos céus, vamos apontando templos que representam
presentes aos que nos ajudam na terra. São diferentes nomes do catolicismo no
regional nordestino que nos elevam e nos faz viver.
Viver sem fé é
desintegrar-se na primeira tempestade.
Viver com a fé
é apenas envergar-se sem quebrar durante os vendavais, assim como os galhos
mais finos do salgueiro.
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