Por: Clerisvaldo B.
Chagas, 2 de julho de 2013. - Crônica Nº
1045.
O SERTÃO PRECISA
Nesses tempos
em que o futebol brasileiro mereceu destaque mundial, ficamos meditando sobre o
nosso Ipanema Atlético. Desde a morte do seu presidente que não ouvimos mais
notícias sobre o time canarinho, coisa que deixa preocupada a torcida do
município. No interior, fora os eventos tradicionais como as festas de santos,
domingos e feriados vivem a monotonia de sempre. A cidade se esvazia com o tal
“sem nada para fazer” e a cor da bola não aparece mais nem nos insalubres
campos de periferia. Enquanto isso a vizinha Olho d’Água das Flores vai
movimentando o seu comércio e a torcida no incentivo medonho ao CEO, time
tradicional que disputa o campeonato da primeira divisão.
Ipanema
entra em campo. (Foto: do livro "O Boi, a Bota e a Batina" -
inédito).
Um grande número de torcedores da região sertaneja procura comparecer ao Estádio Edson Matias para incentivar o time do interior e fazer do domingo um dia de divertimento. O Ipanema Atlético Clube é um time particular, assim como particular é o seu estádio, mas ainda é o único que nós temos. O Ipiranga, outro clube que disputava os melhores momentos com o IAC, perdeu-se completamente e dele nunca mais tivemos notícias. E quando o Ipanema fica na moita, claro que sentimos enormemente sua falta no cenário do esporte estadual.
Não sabemos
ainda se a organização para levar avante o time santanense ainda existe. As
dificuldades para manter um clube de futebol na primeira divisão, não são
fáceis, inclusive nas capitais brasileiras. Como não somos especialistas no
assunto, apenas lamentamos o fato de entrar tanto dinheiro nos estádios e um
time viver em eterna dificuldade financeira. Será a administração errada? A
inflação de salários? A ausência de público? Não iremos escorregar para dentro
de pesquisa que não fizemos. Queremos aqui apenas lamentar como torcedor comum,
o impedimento que sempre atravessa o caminho do nosso representante verde e
amarelo. A circulação de dinheiro para os pequenos comerciantes que faturam em
dia de jogo é significativa para o movimento das quartas e do domingo. Mesmo
com os obstáculos gigantes que impedem o rolar da bola na “Rainha do Sertão”,
continuamos com a esperança em que os problemas sejam resolvidos para
renovarmos a alegria sertaneja. Ultimamente ouvimos, pela metade, a divulgação
de uma tabela de jogos. Esperamos que o Ipanema esteja novamente no cenário o
mais breve possível. O SERTÃO PRECISA.
http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br
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Autobiografia
CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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