Por: Clerisvaldo B.
Chagas, 20 de junho de 2013 - Crônica Nº
1038
RESPIRAR FUNDO
Termina o
primeiro ato nos palcos brasileiros e novamente abrem-se as cortinas para o
futebol. Um duelo para quem gosta e quem não apreciam os lances da arte nos
estádios. Nunca sentamos à poltrona para não criticarmos sadia e mentalmente os
lugares das cores. Sempre achamos mais bonito e representativo a antiga camisa
em amarelo-queimado e calção verde-bandeira. Não recusamos esse pensamento uma
só vez quando vem a campo a seleção do Brasil. Mesmo assim o importante é que
os nossos jogadores vençam as partidas, não importa se vestindo às cores de
famosas pilhas de lanterna. A partida foi importante, entre outras
coisas, para cortarmos o trauma que iniciava a petrificação, com apenas dois
chutes suspirados. O México, nosso velho freguês, já estava começando a arrepiar
as penas após seus longos goles de malagueta com tequila. “La Cucuracha” não
queria mais respeitar a malandragem do samba brasileiro e, o chapéu descomunal
subia e descia ornado, risonho e bigodudo. Para tirar a limpo a patente das
canelas, o amarelo-mundiça resolveu impor a cachaça de cana-de-açúcar.
Neymar Foro (G1.globo)
Gostamos de
ver os jogadores em campo, não unicamente pela vitória que foi muito bonita,
mas pelo posicionamento na cancha que mostrava defesa sem oportunidades para os
adversários. No geral, a partida teve poucos momentos emocionantes. A maior
parte do tempo levou o embate para certa monotonia e sonolência e dava a
entender que os jogadores estavam cansados e sem inspiração. O carinho da
torcida cearense foi essencial para uma vitória sob o sol nordestino, deixando
a capital cearense e os jogadores felizes, tantos os daqui quanto os do golfo.
Ninguém pode ir de encontro ao talento de Neymar que parece ascender a cada
partida. Outras revelações importantes começam a se firmar e ficamos abismados
com o desconhecido Jô. E para falar a verdade, não pensamos que a defesa da
seleção chegasse aos pés de veteranos outros, mas os garotos deram conta do
recado. Vimos um Japão apático, um México medroso e uma Itália segura e bem
armada nos três planos de campo. Vamos gritar para que o Japão acorde e monte
na zebra italiana, para que os nossos próximos adversários cheguem irritados
para novos erros. Mas, isso depende dos deuses do futebol e do alto Monte Fuji.
Sabem de
uma coisa! Vamos repetir à plebe: “que venham os italianos”. Medo é manha,
compadre. A ordem é RESPIRAR FUNDO.
Autobiografia
CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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