terça-feira, 11 de junho de 2013

ENTREVISTA COM DIRETOR

Por: Clerisvaldo B. Chagas, 11 de junho de 2013. - Crônica Nº 1032

ENTREVISTA COM DIRETOR 

Nessa fase de eleições para gestores escolares estaduais, entrevistamos o professor Marcello Fausto, eleito para dirigir a Escola Professora Helena Braga das Chagas, no Bairro São José, em Santana do Ipanema, Alagoas. Candidato único, o professor Marcello obteve 96% dos votos válidos, numa eleição tranquila quando foram às urnas, os segmentos pais, alunos e funcionários, transformando o dia de ontem numa verdadeira festa colegial. Com a felicidade de  todos os segmentos, indagamos ao professor e novo escritor santanense:

Marcello Fausto, o novo diretor.

1.    Como você chegou à direção da Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas?

R. De forma indireta, ou seja, por indicação. Em 2011, a professora “Cidinha” termina o mandato e ninguém se prontifica a concorrer. Então fui indicado com mais dois nomes na época em que o coordenador era o professor James, e lá em Maceió, fui o escolhido.

2.    Qual a situação da escola que você encontrou?

R. Uma escola suja, sem conforto para alunos, professores e o mais grave: era um grupo de “alunos indisciplinados” que não respeitavam nenhum dos segmentos da escola, inclusive, não se tinham auto respeito.

3.    Por que você aceitou o desafio?

R. São vários os fatores, mas me lembro de minha adolescência, quando minha mãe tinha um relacionamento muito bom com “Dona Helena” e em todo meu aniversário, sempre ganhava da professora, algum livro ou revista. A minha vinda para esta escola me fez ver que eu tinha um compromisso em retribuir o carinho da professora Helena Braga. Além desta escola exercer um papel importante na comunidade, seria para mim um desafio que gostaria de enfrentar.

4.    Quais foram às dificuldades que você teve que encarar, nessa primeira gestão?
        
         R. Indisciplina de alunos, ausência de regras, alguns “poucos” pais achando que a “coisa” teria que funcionar do jeito que estava, carência de professores, serviços gerais, vigias. Roubos constantes.

5.    Quais foram suas primeiras ações para mudar o quadro? Deu certo?

R. Primeiro procurei parcerias. A CRE ajudou-me fielmente. Trouxe a Justiça, na época, pelo seu representante, o Dr. Elísio Maia Filho, palestrantes para os alunos e, que nos deu apoio. Trouxe para a escola os pais, para dividir os problemas e, juntos ao Conselho, procuramos estratégias, determinações de regras e fiscalização dos cumprimentos. E ainda “dei uma de doido” e “meti a caneta para cima”, fazendo uma limpeza.

6.    Como você conseguiu a reforma da escola?

R. O primeiro passo era colocar a escola na relação com necessidade de reforma. Por isso, quase todos os dias solicitava a inclusão da mesma junto à 6ª CRE. O coordenador fez o seu papel em Maceió e a escola foi contemplada.

7.    Como se encontra hoje a Escola Professora Helena Braga das Chagas?

R. Sou suspeito para dizer, mas convido a toda comunidade para resultados com o aumento do IDEB, a diminuição da evasão e principalmente o resgate de alunos amedrontados pela indisciplina. Escola limpa, confortável e adequada para o ensino e aprendizagem.  

8.    Em relação ao quadro de funcionários, ainda existe carência?

R. Sim, mais um problema no estado. Ainda faltam vigias, serviços gerais e professor de artes. Mas devemos ressaltar que a equipe é ótima, onde a maioria é de monitor, mas eles são compromissados com a escola e além do mais, competentes com uma coordenadora pedagógica nota 10. Enfim, uma equipe de “primeira linha”. Ainda de quebra a escola conta com o maior escritor de Santana do Ipanema, professor Clerisvaldo e o escritor iniciante, que é o diretor da unidade.

9.    Marcello, para encerrar, quais são as metas para a nova gestão, uma vez que você foi apontado agora de forma democrática?

R. Incentivar a participação da comunidade escolar na busca de parcerias com entidades em ações conjuntas, solidárias, cooperativas. Assegurar ações que promovam a conservação, manutenção e preservação do patrimônio. Gerenciar os recursos materiais e financeiros de forma transparente, visando assim, fazer da escola modelo democrático para à sociedade.

Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA


Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.


(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

 http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br



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