Por Marcela
Ferreira Lopes[1]
A emoção que
sinto no momento que escrevo, é de verdadeira admiração aos poetas! Verdadeira
fonte de conhecimentos que basta uma pequena dose de inspiração, concentração,
e o poema surge com toda a sua beleza e esplendor. Poemas são geralmente
versos, são várias letras que juntas contém ritmo, métrica e sentido. Que
adoçam a boca de quem as profere, que educam a audição. Palavras que carregam
sentimentalismos, denúncias, clamores, sabores ideológicos enfim, uma mistura
de tudo o que há de melhor que o poeta traz em seu âmago mais profundo da alma.
Mais
especificamente em Solidão Noturna é observável em cada página que segue que há
uma ampla diversidade temática acompanhada de profunda sensibilidade,
transitando desde amores idealizados, reconhecimento, desejos, sonhos, morte e
realidade. O autor mais uma vez, consegue transmitir para os leitores, o
verdadeiro sentimento de satisfação ao ler poemas. Poemas/versos estes que se
apresentam de forma bastante coesa e concisa.
Cinquenta e
seis poema compõe a coletânea marcada por expressiva amálgama em que se
cristaliza sobremaneira subjetividade, divagações, compreensões, telurismo e as
mais diversas manifestações do espírito humano em sua constante busca a fim de
traduzir segredos e mistérios da existência.
Poema Mudo
suscita melancolismo e desilusões de uma alma aflita que urge enfrentar
desilusões que assinalam a existência humana independente e espaço ou tempo.
Solidão
Noturna, cujo título à própria coletânea se expressa enquanto sentido literal
revela profundo pessimismo ao invocar a juventude do poeta enquanto parâmetro a
se considerar como padrão aceitável do próprio existir fundamentado em fase
áurea que o tempo levou e não volta mais.
Refém do
Pensamento destaca ternura quixotesca por uma ilusória musa inspiradora, a qual
conteria em verdade uma utopia, inatingível, fruto da imaginação do poeta em
seus devaneios.
Se os Túmulos
Falassem revela negativismo perante a escatologia da existência humana
material, marcada, em diversos momentos, por atitudes menos dignas em vida e
que mesmo destino fomenta a deposição da matéria.
Poemas dignos
de louvores compõe a coletânea “ribamariana”, pois o nobre representante da
cultura popular em solos potiguares enaltece o sentido de resistência que
enobrece a poesia surgida do povo e para o povo.
Aproveito a
oportunidade para agradecer ao nobre amigo Ribamar que me convidou para
prefaciar sua mais nova obra. Recebi tal convite, com grande alegria e imensa
satisfação, porém confesso a existência de limitações, por nunca ter escrito
nada acerca do tema. É uma verdadeira alegria pela oportunidade dada a mim em
poder comentar acerca deste universo poético significativo.
Nesse sentido,
recomendo a todos- sem distinção- a leitura desta obra e desejo ao autor, muito
sucesso no que se refere a este novo “mundo” dentro do universo
“ribamariano”!...
Escrito em
junho de 2015, na terra de Padre Rolim, sertão da Paraíba.
Marcela Lopes[1] Graduada em Geografia
pela UFCG/CFP, Especialista em EJA com ênfase em Economia Solidária UFCG/CCJS,
Graduanda do curso de Pedagogia UFCG/CFP, Membro do grupo de pesquisa Formação
de Professores, Educação, Cultura e Sociedade (FORPECS).
Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso
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