Por: Clerisvaldo B.
Chagas, 23 de abril de 2013. - Crônica Nº
1005
VIVA A RAINHA!
Santana do
Ipanema, cidade sertaneja de Alagoas estará em festa amanhã. Denominada hoje
“Rainha do Sertão”, Santana foi fundada às margens do rio periódico Ipanema na
região apontada como Ribeira do Panema.
ESPETÁCULO
EM SANTANA. Foto: (santanaoxente).
Os fundadores do núcleo foram o Padre
Francisco Correia e o fazendeiro Martinho Rodrigues Gaia, em 1787, quando o
padre construiu uma capela nas terras do amigo fazendeiro. Como a esposa de
Martinho almejava uma imagem de Senhora Santa Ana, esta foi trazida pelo padre
Francisco e entronizada na capela após a sua construção. Logo o núcleo composto
de índios carnijós e mestiços passou a ser denominado de “Santa Ana da Ribeira
do Panema”. Este ano Santana aniversaria com seus 226 anos, mas os
“entendidos” parecem com vergonha dessa data. A cidade comemora apenas sua
elevação de Povoado Freguesia ─ quando se chamava “Sant’Anna do
Panema” ─ à vila, ocasião em que passou a ser denominada: “Sant’Ana
do Ipanema”. Isto aconteceu em 24 de abril de 1875 (136 anos). A elevação
de vila à cidade também não é comemorada, fato acontecido em 31 de maio de 1921
(92 anos). Santana altera o título mais uma vez e definitivamente para Santana
do Ipanema. Portanto, deixamos de comemorar a data de fundação (226 anos) e a
elevação à cidade (92 anos), ficando apenas com a passagem de povoado freguesia
à vila (136 anos).
Alegam pessoas
que impuseram à data, que Santana como vila já funcionava politicamente como
cidade e já era bem progressista. Para não entrar em discussão, amanhã o município
estará em pleno auge dos festejos, momento em que os seus munícipes comemoram a
valer. A cidade progrediu, graças a sua posição geográfica e, atualmente
representa o Sertão alagoano, cada vez mais cimentada como a capital do
semiárido. Os que estão ausentes como nós, ficamos torcendo para que todas as
realizações tenham sucesso tal como o bravo povo sertanejo merece. Talvez para
comemorar a data, Senhora Santa Ana, padroeira do lugar vai enviando as
primeiras chuvaradas de outono/inverno. VIVA A RAINHA!
Autobiografia
CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).

Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
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