Por José
Romero Araújo Cardoso
Opiniões
contrárias parecem direcionar certo tipos de comportamento de diversos
representantes do gênero humano no que diz respeito a não levar em conta
decisões que deveriam ser unilaterais ou bilaterais.
Intromissão na
vida alheia é algo que faz parte do cotidiano das pessoas imemorialmente, sendo
retratada em novelas, romances e no presente, em episódios televisivos e
radiofônicos de grande audiência.
As barreiras
são montadas a fim de obstacular determinadas decisões que são tomadas, visando
redirecionar aquilo programado pelas pessoas como o que acham certo e objetivo
em suas vidas.
Invariavelmente
as barreiras podem criar clima de animosidade em virtude que não raro estas são
seguidas de mentiras, cuja consequência é um ambiente marcado pelo terror e
pela insatisfação do conjunto afetado.
Shakespeare
retratou com invulgar perfeição em Romeu e Julieta a forma como as barreiras
atrapalharam um grande amor marcado pelo ódio entre duas famílias na Verona medieval.
A rivalidade fez com que o forte sentimento que os jovens nutriam descambasse
para ritual sinistro.
Homens mais
velhos amando mulheres mais novas, e vice-versa, também é motivo para
especulações que resultam em desconforto, em desalinho, em inconsonância. Amor
não tem idade, nem cor, muito menos razão. Não existe uma fórmula matemática
para explicar o amor, pois esse sentimento existe independente de qualquer
coisa. Surge e se firma, quando menos se espera.
A saga humana
pelo planeta terra é marcada por um série de empecilhos, não obstante sabermos
que novos horizontes se descortinam a partir do momento que a ênfase ao
conhecimento vem dando contribuição significativa a fim de quebrar grilhões,
embora não haja como sufocar o afloramento de instintos primários que estão
internalizados nos seres humanos.
A mais
inconcebível falta de ética que pode inundar uma ou mais pessoas é se
intrometer acintosamente entre duas partes que são atingidas pelo poder
inexorável da força do amor. Criar situações vexatórias é um gesto abominável
perante a essência da dignidade humana. Ninguém tem o direito de querer separar
o mais belo entre todas as manifestações do gênero humano.
Mentir e
caluniar são pecados capitais crassos que deveriam ser banidas das
manifestações humanas de qualquer forma, pois o estrago que provocam são
dilaceradores, hediondas e vis na expressão literal do termo, não existindo
barreiras que mais fazem sofrer do que essas citadas.
A confiança
tem que nortear a humanidade como forma de subjugar as barreiras, as quais,
múltiplas e incontáveis, representam o atraso no que diz respeito ao formato
assumido pelas representatividades negativas.
Não apenas no
plano sentimental as barreiras são erguidas, pois vislumbrando-se aspectos
socioeconômicos, pode-se definir a precariedade do acesso no Brasil a negros e
mestiços, ainda poucos efetivos no desfrute da cidadania plena.
Enfim,
barreiras ainda são alçadas a patamares inaceitáveis quando o assunto diz
respeito à manutenção de determinada forma de poder, seja no plano individual
ou coletivo, público ou privado, cabendo a cada um se conscientizar que
fraternidade e respeito são basilares para definir-se melhor e mais saudável
convivência.
José Romero
Araújo Cardoso. Geógrafo. Escritor. Professor-Adjunto do Departamento de
Geografia da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente.
Enviado pelo professor, escritor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso
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