Por Clauder
Arcanjo
clauderarcanjo.blogspot.com
A internet
quase que engole uma bela missiva eletrônica a mim endereçada. “Foram as
barreiras de proteções aos antivírus!”; garantiram-me, passado um certo tempo
meu de fúria e revolta, alguns amigos especialistas nessas “coisas
ininteligíveis” da Grande Rede.
Não sei. O que
posso garantir-lhe, caro leitor, é que ela me foi enviada, e caiu, retumbante e
gloriosamente, nos desvãos (ou seria melhor, abismos?) dos bytes e bits que nos
cercam e inquietam.
E eu, a
caminhar pelos dias quase sempre banhados de achados insossos da vida, sem
saber que ela existia!
Até que, num
trocar de nótulas ocasionais, o casal me inquire:
— Você não leu
a mensagem que, há meses, nós lhe enviamos?
“Como poderia
ter lido algo que não me chegou?” — quase que respondo, tomado pelos ares da
pressa e dos nanossegundos.
No entanto,
graças a Deus, me contive e solicitei que eles ma reenviassem. Pouco depois,
vejo-a, “impressa nos e-tipos”, na minha bandeja de entrada. Ei-la:
Caro Clauder,
Foi uma manhã
especial em que imperou a emoção ao recebermos e assistirmos ao programa
“Pedagogia da Gestão”. Sentimo-nos, Pedro e eu, observadores privilegiados de
um encontro único entre você e seus convidados: escritores e artistas de expressão
nas áreas das artes.
Atentos ao
vídeo, não queremos apenas elogiar, mas, reconhecer o seu trabalho como
promotor cultural em animadas conversas literárias na companhia de entusiasmado
grupo de poetas e artistas de Mossoró.
Você espelha
os poetas que levam seus versos até o povo e doa o seu tempo em prol da
literatura. Palmas, muitas palmas!
É uma
satisfação participar mesmo de longe, mas com emoção e sentimento, dessa
iniciativa de efeitos extraordinários: seleta de poemas na metáfora da
dedicação aos poetas.
“Pedagogia da
Gestão” nos coloca diante do espelho da literatura ao refletir a palavra como
luz que o escritor sempre procura no entrelace temático, para que percebamos
nas entrelinhas o pulsar da vida de ontem, hoje e sempre.
Ao dar
visibilidade aos textos e obras, como força criadora, em que espelhados os
sentidos e os sentimentos dos autores, leva-nos a olhar o mundo onde o
escritor, literalmente e literariamente, brinca com as palavras e espalha
conhecimentos, traduzindo os desafios e a relação com a universalidade da arte.
Jorge Luis
Borges disse que “um livro é uma forma de felicidade” e você, Clauder, é o
espelho da poesia; quem nos representa na felicidade por refletir a palavra num
mundo onde nem tudo são flores.
Amigo Clauder
Arcanjo, ficamos muito felizes em receber o DVD e de participar, mesmo que
indiretamente, do programa, pois ele é um convite à literatura, do começo ao
fim: liberdade com cumplicidade.
Abraços dos
amigos de sempre,
Tânia e Pedro
Du Bois.
Leio e releio
tal epístola neste janeiro. Um início de ano quente como poucos; e ele, milagre
do verbo, se banha de uma estival friagem. O sereno vento da amizade tem
temperaturas confortabilíssimas.
Segunda-feira,
19 de janeiro, vinte e duas horas. Cansado de mais um dia, preocupado com os
compromissos de mais uma semana, sinto-me, apesar de tudo, obra e arte de uma
singular cartinha eletrônica, mais vivo e mais disposto. Saber que uma cópia do
nosso Programa Pedagogia da Gestão (há dez anos a divulgar as boas ações de
gestão, educação e cultura), levado ao ar na TV Cabo Mossoró (TCM), sob a
direção e a condução-apresentação de três amigos sonhadores (Clauder Arcanjo,
Dinoá e João Maria), é tão bem recebido pelo casal de escritores e amigos:
Tânia e Pedro Du Bois!
Certas coisas
nos encorajam a seguir e caminhar cada vez mais e mais. Obrigado, Pedro e
Tânia.
Esta crônica é
a forma segura que eu encontrei para que essa bela nótula-missiva não seja,
virtualmente, deletada de nossa memória por um vírus eletrônico de plantão e
ocasião. Muitas vezes o inimigo mora no pen drive ao lado.
Bom domingo.
Clauder
Arcanjo
Enviado pelo escritor, professor e pesquisador do cangaço José Romero Araújo Cardoso
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