segunda-feira, 15 de julho de 2013

POR TRÁS DOS NOMES

Por: Clerisvaldo B. Chagas, 15de julho de 2013. - Crônica Nº 1048

POR TRÁS DOS NOMES

Muito interessante no Brasil são palavras e termos regionais que despertam a curiosidade das pessoas. Nomes de lugares, principalmente, pela repetição local, tornam-se comuns, porém, para o visitante, viram até desafios em relação aos significados. Os mais antigos saiam nomeando acidentes geográficos e povoações, mas tendo como base algum tipo de fundamento. 

Serra da REMETEDEIRA, ao entardecer (autor).

Acontece que muitas palavras de origens estranhas, sem registro ou acompanhamento oral explicativo, ficam apenas no uso diário que se perpetuam. Quantas vezes procuramos o porquê de títulos de cidades com palavras exóticas, principalmente do Norte e Nordeste! Aqui mesmo em nosso município santanense, vamos conversando com brancos e índios, todavia alguns nomes permanecem misteriosos. Talvez um bom dicionário indígena revelasse o que a tradição perdeu, mas nem todas as palavras estão em páginas curiosas. Ultimamente giramos as nossas pesquisas em torno da serra da Remetedeira. Este monte faz parte do anel de serras e serrotes que circundam a sede municipal. Nesse momento também chegam à cabeça a serra do Gugi ou o riacho Camoxinga que deu nome ao maior bairro de Santana do Ipanema. Entretanto, o que vem a ser à palavra Gugi, e Camoxinga?

Enquanto o leitor tenta descobrir, voltamos nossa atenção para a Remetedeira – lugar de origem do cangaceiro do bando de Lampião, Gato Brabo. Remeter, igual a enviar, jogar, arremeter. Remetedeira, lugar ou pessoa que remete alguma coisa, cuja palavra nem mesmo o Aurélio registra. Mas o que o pessoal daquela serra remetia e para quem? Ali não se fala em ouro nem em pedras preciosas. O termo é antigo e ninguém ainda decifrou o conteúdo. Para quem sai do centro da cidade, é somente atravessar parte do Bairro Floresta, ladear o Hospital Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo e prosseguir acaminhada no sentido oeste. A serra da Remetedeira vai se encurvando e se amenizando como cratera até chegar aos pés da BR-316. Como todos os mirantes santanenses oferece belíssimo cenário, tanto em direção a BR-316 e à cidade, quanto pela parte de trás com vista para os diversos sítios da vizinhança e da estrada de terra que leva à cidade Senador Rui Palmeira. Ao rodarmos pelas areias do seu lombo, vamos registrando o infinito das pesquisas. Um mundo cheio de segredos, angústias e mistérios para os investigadores do social e da natureza.
Voltam os pneus do jipe impregnado de interrogações. A cabeça também. Amanhã voltaremos a espionar POR TRÁS DOS NOMES.

Autobiografia

CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA


Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei. 
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º  teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).


Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.


(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)

 http://clerisvaldobchagas.blogspot.com.br


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