Por: Francisco de Paula Melo Aguiar
O caminho do
inferno está pavimentado de boas intenções.
Karl Marx
Todo individuo afirma que tem valor e ética em todos os sentidos da palavra,
porém, quando encontramos indivíduos bajuladores da pior estirpe de pessoas
detentoras de poderes temporários na gestão pública e ou privada, dar vontade
de vomitar de nojo diante do comportamento pessoal em relação ao seu “padrinho”
e ou “madrinha” que lhe deu um contrato por poucos dias para ajudar “gestar” e
ou fuxicar da opinião pública para poder manter-se no “empreguinho” de
brincadeira de pouco mais de um salário mínimo. E nessa condição de gente de
todas as idades e formação cultural, ao abrir a boca não deixa ninguém falar,
somente essa gente fala, parece um rádio de pilha, guiado e com o “cordão”
cortado e estacionado em uma única emissora, pois, não quer ouvir ninguém e
somente ele sabe e conhece a verdade e os caminhos da gestão pública e ou
privada, alegando sempre termos sem nexos, do tipo: “águas profundas” e
“contingenciamento de recursos” para solucionar todos os problemas presentes e
futuros da urbe. Parece o samba do crioulo doido em nota música única, sem sair
do campo. É o “doutor”, técnico do mais alto gabarito, formado na Universidade
de Arataca, com mestrado e doutorado em “ciências ocultas e letras apagadas”, o
que se deduz ser um individuo preparado para brigar e desmoralizar quem
entender fazer o contraponto ao seu pensamento, haja vista não ter educação e
instrução e ou formação acadêmica, onde parece ser mais não é, ainda que por
analogia, detentor da faculdade de conhecimento de valor moral, ético, pessoal
e profissional, o que lhe resta é apenas a condição jogar palavra fora em
termos de fuxicos e elogios gratuitos aos ocupantes de cargos eletivos nas três
esferas de governos: federal, estadual e municipal, especialmente a quem lhe
“deu a mão” e por si só representa um verdadeiro ninho de cobras jararacas,
pois, não sabe que “[...] a morte das grandes narrativas é somente uma dimensão
(fundamental, decisiva) desse niilismo ao qual fazíamos referencia, niilismo
definido como etapa espiritual em que os fins faltam, em que os valores
superiores se depreciam, em que não há mais respostas à questão “por que”, no
entendimento de Nietzsche. Daí porque é fascinante saber que o termo “valor”,
vem do latim, justamente do verbo “valere”, que significa literalmente
falando, “passar bem”, “forte”, “válido”, “corajoso”, “destemido”, sentido este
que aparece no chamado português arcaico, devido os valores culturais via a
mistura dos povos em sua primeira fase, assim como foi a origem do próprio
Latim. Foi usado nos séculos XIV e XVI e era totalmente diferente da língua
portuguesa falada atualmente no Brasil e nos demais países que falam a Língua
Portuguesa. Assim sendo, o termo “valor”, no sentido corrente da palavra em si,
tem a conotação em termos de ideia, de uma capacidade alta, dependendo do
esforço pessoal de cada individuo no meio social em que vive. É nesta concepção
que falamos e/ou enfocamos um individuo, transformado em um homem de grande
valor em todos os sentidos, dentre os quais o moral, humano, acadêmico, social
e Espiritual, segundo a ética, a profissão e a moralidade pública e/ou privada
de cada uma pessoa.
E foi assim que do uso vulgar passou para o uso científico e/ou acadêmico o
termo “valor”, que não significa “preço” do individuo, a partir do momento em
que o mesmo termo foi utilizado pelo economista inglês Adam Smith, tendo em
vista a distinção de valor de uso e/ou seja “value in use” e o chamado valor de
troca e/ou seja “value in Exchange”. Assim sendo, o valor de uso, significava
uma utilidade de cunho objetivo, real da coisa, tendo em visa a satisfação de
certa e determinada necessidade da pessoa, o que significa que tudo em termos
de mercadoria e ou serviço tem um preço de mercado, enquanto que o valor de
troca, significa dizer literalmente que a apreciação social que se dá a uma
coisa, em certo e ou determinado momento da história dos povos, por certo e ou
determinado grupo, daí a apreciação que o grupo dava em termo de interpretação
e oferecendo um preço pelo produto e/ou serviço. Assim podemos dizer que a
moral do individuo não tem preço e sim valor.
É evidente que Adam Smith sentiu-se intrigado com o problema da disparidade do
valor econômico em dois valores observados. Podermos exemplificar, justamente
com “a água” e “o ar”, que tem grande valor de uso por todos os seres vivos na
face da terra, porém, também tem um pequeno “valor de troca”. De modo que ao
contrário, por exemplo, “o diamante”, grande, médio e ou pequeno, não importa,
tem um pequeno valor de uso pelo individuo, porém, tem um grande valor de troca
sobre todos os aspectos, o que vale dizer que tem pequena utilidade prática,
porém, tem preços altíssimos no comercio local, nacional e internacional, o que
vale dizer que é produto de importação e exportação certa entre as nações
desenvolvidas ou não do planeta. Jamais, nem por analogia, se pode enfocar tais
princípios no caso do bandido que aluga seus serviços de fuxicos para defender
ou acusar a quem quer que seja na sua individualidade, como acontece através
dos mandantes e seus jagunços para cometerem crimes contra seus algozes nas
grandes e pequenas cidades do mundo em pleno século XXI, via compra, pagamento,
preço e isso não tem valor de qualquer ordem, pois, todo e qualquer ato do
homem, depende do grau e ou nível educacional de cada um em si.
Pela falta de conhecimento da teoria da utilidade marginal, levou Adam Smith a
não resolver o problema e continuou aflito em suas pesquisas até morrer. A
teoria marginal ou não pode teorizar o homem, sua educação e seu valor em si. O
homem é um ser de aculturação constante do nascer ao morrer, nunca sua
aprendizagem está completa e ou concluída definitivamente falando.
O termo “valor” inicialmente estudado apenas pelas Ciências Econômicas
estendeu-se à Moral e à Filosofia. Qualquer visão de homem e ou de individuo na
gestão pública e ou privada, inclusive em termos familiares e ou profissionais,
só tem sentido se tiver algum “valor” envolvendo a axiologia em si
falando, porque jamais, também se pode teorizar sobre a educação em si e o
homem em si. Daí, podemos mencionar de que por Moral Social, se entende o preço
que deve ser pago por uma prestação de serviço ou por um objeto ou produto
propriamente dito. Sentimos de que a definição moral do chamado justo
valor de um objeto, produto e/ou serviço, é por demais delicada e/ou sutil,
levando-se em consideração a dificuldade de determinar com objetividade o seu
valor que é diferente do termo preço, apenas. É um fato de que o valor das
coisas, objetos, serviços e ou produtos tem o valor pelas intrínsecas
propriedades e pela apreciação que o grupo confere a tais propriedades. E isso
depende conhecimento técnico cientifico, somente o senso comum não é possível
se conhecer tudo a esse respeito. Por outro lado, uma coisa, serviço ou
produto, vale o trabalho que custou para produzir, conforme enfatiza Karl Marx.
A olho nu, se percebe as limitações e as dificuldades da teoria de Marx como
medida de valor e não somente de formação de preço. O homem deve ter valor e
não preço, pois, ele não é mercadoria, como parece ser em certos casos da vida
da sociedade moderna, tem gente se devendo por qualquer preço a toda e em
qualquer lugar, onde suas ideias e seus valores desaparecem, diante da proposta
do vil metal.
A Filosofia mencionar que o valor de um objeto, de uma coisa, de um produto
e/ou de um serviço, se refere à representação de objeto de estima e ou de
desejo de uma pessoa e ou de um grupo social, levando-se em consideração a sua
satisfação para atingir um fim determinado e de caráter licito. Apesar dos
descaminhos morais do individuo moderno que quer tornar-se rico de qualquer
maneira, usando qualquer metodologia criminosa ou não.
Enfocamos que o filósofo alemão Nietzsche, influenciou o uso do termo “valor”,
passando a substituir na linguagem da Filosofia contemporânea o “bem” em
sentido clássico propriamente dito. O que vale dizer que o termo “valor” em linguagem
financeira quer dizer um título de crédito. Mas, foi Max Weber, outro pensador
alemão, que mostrou a importância do “valor” no agir humano de cada
individuo em si e segundo suas convicções. O que vale afirmar de que cada
individuo defende seus interesses sociais, profissionais, políticos,
sociológicos, filosóficos, religiosos, ser o dono da verdade, não aceitar
opinião alheia, não refletir, improvisar todas as suas ações e gestões na vida
pública e vida privada, porque tem “chaleira” de plantão para defendê-lo, etc,
sem levar em consideração a afirmação de Pascal ao afirmar que “a
verdadeira moral zomba da moral”, e aí o individuo e ou grupo, entende que o
“valor” deve ter a característica das coisas que são preferidas, mais ou menos
desejadas, julgadas superiores, desejáveis, etc., pois, tudo fede, porém, não
incomoda. O que vale dizer que cada pessoa deve estudar e conhecer a Axiologia,
enquanto ciência que estuda os valores de uma determinada sociedade, desde sua
origem no século XIX. O fuxiqueiro em se tratando de individuo, geralmente
desonesto, analfabeto político, jogador de pinico de quem tem o poder temporal
da política partidário e ou empresarial, sempre tem “preço” de mercado
relativamente baixo de até no máximo um salário mínimo mensal, tanto é a falta
de conhecimento profissional e acadêmico, deixando de lado valores: éticos,
morais, pessoais e profissionais, o que equivale a uma conduta totalmente
prostituída em termos de falta de caráter em todos os sentidos, portanto, essa
gente tem este tipo de ideologia e que querem ganhar tudo e nunca perderem nada
em qualquer parte do mundo.
REFERENCIAS
ARANHA, M.L.
de A. Filosofando. São Paulo: Moderna, 1989.
ÁVILA,
Fernando Bastos de. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro:
MEC/FENAME, 1976.
CHAUÍ, M.
Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1994.
TRICHES, Ivo
José. Et all. Fundamentos Filosóficos da Educação. Curitiba: IESDE Brasil S/A,
2009.
Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço:
José Romero Araújo Cardoso
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