segunda-feira, 8 de julho de 2013

A vida das formigas (Poesia)

Por: Rangel Alves da Costa(*)
Rangel Alves da Costa

A vida das formigas
  
Caminhos de solidão
tão frágeis os passos
sem qualquer direção
até encontrar a folha
e escrever a poesia
da luta e da devoção

tão pesado é o sacrifício
o fardo maior que o corpo
tudo parecendo difícil
mas a formiga persiste
levando adiante a folha
tão pequenina ao homem
e imensa na sobrevivência

queria poder com a folha
ter a força da formiga
e o destemor da labuta
mas sou apenas humano
decorando a velha lição
da mentirosa superioridade
do homem sobre tudo

e como tal desprezando
o significado do esforço
do silenciosamente feito
como a luta da formiga.


(*) Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos seguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Burlamaqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.


Poeta e cronista
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