sexta-feira, 12 de julho de 2013

A INVEJA, A MALEDICÊNCIA E A CALÚNIA.

Por: Francisco de Paula Melo Aguiar
 

O egoísmo, o orgulho, a vaidade, a ambição, a cupidez, o ódio, a inveja, o ciúme, a maledicência são para a alma ervas venenosas das quais é preciso a cada dia arrancar algumas hastes, e que têm como contraveneno: a caridade e a humildade.
                                                                      Allan Kardec

A palavra inveja tem origem na Língua Latina “invídia”, de “in” privativo, negativo mais “videre”, igual a ver, olhar com maus olhos. O individuo fica com sentimento de desgostos em face do bem alheio, acompanhado do desejo de que esse bem seja destruído. O individuo invejoso não se contenta jamais com aquilo que possui ou recebe diariamente, e sempre está e/ou vive revoltado com os benefícios, elogios e/ou felicidade de quaisquer tipos atribuídos a outra pessoa, que ele gostaria de ser e não é. A inveja envolve sempre o problema do “ter” e do “ser”. O caminho da inveja é justamente a maledicência e a calúnia na visão do invejoso. Esse tipo de gente quer e provoca a destruição do outro de qualquer forma. Quem tem um amigo invejo, não precisa ter inimigo. De modo que Miguel de Cervantes menciona que  “a inveja vê sempre tudo com lentes de aumento que transformam pequenas coisas em grandiosas, anões em gigantes, indícios em certezas”. É uma verdade nua e crua.

Por incrível que pareça o termo maledicência também tem origem no Latim “malum”, igual a mal, mais “”dicere”, igual a dizer, falar mal de alguém. E sabemos que tudo isso acontece em virtude da fala de caráter que inevitavelmente conduz o individuo a falar mal de seus amigos, semelhantes, colegas de profissão, etc, sempre procurando divulgar botar defeitos e divulgá-los para terceiros, como verdadeiros sicários, infringindo o direito da honra e da boa fama alheia. O individuo maledicente tem orgulho e prazer em botar defeitos, descobrir defeitos e revelar verdades pouco favoráveis a honra e boa fama de outros indivíduos, valendo salientar que o faz, na maior parte das vezes, justamente por ociosidade, ignorância, falta de ética, falta de caridade humana e até por incapacidade de não querer reconhecer seus próprios e habituais defeitos e fraquezas de toda ordem. Tais indivíduos afirmam de que seus amigos não tem defeitos, porém, se deixarem de ser seus amigos, eles arranjam defeitos e botam de que qualquer maneira para atingir-lhe moral e pessoalmente desgastados e/ou desmoralizados perante o grupo social a que pertence. Este tipo de individuo esquece de que Nosso Senhor Jesus Cristo disse: “Quem pode atirar a primeira pedra? Por analogia, o grande Platão menciona que “calarei os maldizentes continuando a viver bem; eis o melhor uso que podemos fazer da maledicência”.

Aquilo que chamamos costumeiramente de calúnia, também tem original no Latim “calumnia”, do particípio do verbo arcaico “calvor” ou “caluor”, que significa enganar alguém. Assim sendo caluniar alguém nada  mais é do que fazer uma injusta violação da reputação alheia sobre todos os aspectos, sem fundamentação e/ou base de verdade, advindo acarretar prejuízos incalculáveis a pessoa vítima de tal comportamento pelo caluniador. O caluniador é alimentado e movido pelo ódio e/ou pelo desejo a qualquer preço de vingança e merece a repulsa de todas as pessoas da sociedade local, nacional e internacional. A pessoa vítima de calúnia deve procurar o Poder Judiciário para tentar exigir a condenação do caluniador, pois, ele tem o dever forçado de reparar sua atitude praticada contra outra pessoa inocente ou não, por a honra e boa fama é garantia da Carta Magna de 1988, em termos de Brasil. Assim sendo, confessar a verdade é o caminho que o caluniador tem para tentar recuperar sua reputação e dignidade, bem como o direito do acatamento por parte das  outras pessoas da sociedade em que vive. O crime de calúnia é enfocado pelo o artigo 138 do Código Penal Brasileiro. O pensador William Shakespeare menciona “pois a calúnia vive por transmissão, alojada para sempre onde encontra terreno.

Enviado pelo professor e pesquisador do cangaço: 
José Romero Araújo Cardoso


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