Por: Rangel Alves da Costa(*)
COMO
AVALIAR A GESTÃO DO SEU PREFEITO
É muito fácil
e simples avaliar a gestão atual do seu prefeito e saber com antecedência quais
as possibilidades de continuar sendo uma boa ou má administração. Ou mesmo se
certificar de que o mesmo não deveria ter sido o escolhido.
Em primeiro
lugar, se imagine sendo o próprio prefeito, com as responsabilidades de ter
sido escolhido pela maioria e objetivando atender os anseios da população.
Lembre-se que as responsabilidades são muitas, principalmente de trabalhar.
Em segundo
lugar, sendo prefeito, escolha cinco prioridades para realizar no seu
município. Tais escolhas devem recair sobre realizações essenciais e
imprescindíveis para a melhoria de sua municipalidade. Lembre que você é o
prefeito.
É imperiosa a
escolha dessas prioridades porque todo administrador, muito além das promessas
irrealizáveis, deve conhecer as maiores carências do município e tudo fazer
para transformar tal situação. É com obras importantes e essenciais que se faz
uma eficiente administração.
Em terceiro
lugar, e considerando que você já assumiu a prefeitura desde tempo suficiente
para mostrar, ou não, suas capacidades administrativas, reflita sobre o que tem
realizado e se conseguiu dar início a alguma daquelas obras essenciais para o
desenvolvimento do município.
Em quarto
lugar, eis que chega o momento de saber se você tem possibilidades de ser um
bom administrador ou não. Acaso nenhuma daquelas obras ainda tenha sido
iniciada, dificilmente você conseguirá realizar algo grandioso mais adiante. Na
gestão pública, o tempo vai tornando o administrador preguiçoso, omisso e
ineficaz.
Em quinto
lugar, constatando de vez que nada ainda foi iniciado e dificilmente será
realizado, então se encoraje para dizer a si mesmo que a população de seu
município foi e continuará sendo enganada.
Em síntese, se
já nesse percurso da gestão e você se mostrou ineficiente diante do que o seu
município mais precisa, então não se iluda e reconheça que você é um péssimo
administrador. E nem adiante ficar dizendo que fará mais adiante.
Já disse
Vandré que quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Ademais, o que é
essencial deve ser inadiável, tem de ser de imediata consecução, principalmente
quando a sua realização irá provocar grande melhoria no município e sua
população.
Mas enquanto
eleitor você pode fazer o mesmo. É só olhar a realidade e enfrentá-la sem
paixões políticas ou sem querer mentir para si mesmo. Não é difícil reconhecer
uma má gestão, uma administração ineficiente. O que é ruim é visível a olho nu,
diante dos fatos e da inegável constatação.
Tudo perpassa
pelas seguintes indagações: 1. Algumas das promessas de campanha estão sendo
cumpridas? A administração está realizando serviços e obras inadiáveis para o
município? A gestão municipal é daquelas que ficam adiando a realização de
obras e fica tentando iludir o povo com desculpas esfarrapadas?
Qualquer um
pode responder tais questionamentos. E nas respostas estarão as qualidades
positivas e negativas de seu administrador. Contudo, há de se observar que um
prefeito comprometido assim se mostra desde o início de sua gestão, e não
colocando sua municipalidade sempre na expectativa de que algum dia realizará
algo grandioso.
Por último,
saiba que diferentemente do que se imagina, a duração produtiva de uma gestão
municipal é de apenas três anos. O prefeito é eleito para o exercício de quatro
anos, mas só faz o que tem de fazer nos três primeiros anos. O último ano é do
próprio prefeito. Só dele e de seus escolhidos. Inclusive as verbas municipais.
E quando tais
verbas não são manipuladas inapropriadamente durante toda gestão.
Passarinho
(Poesia)
Passarinho
Tenho
asas
tenho
ninho
sou
passarinho
sei
voar
canto
sozinho
sou
passarinho
colho
grão
nesse
caminho
sou
passarinho
sem
ter carinho
chorou
um dia
o
passarinho
eu
passarinho
sumi
na nuvem
em
desalinho.
(*) Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos seguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Burlamaqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.
Poeta e cronista
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