quarta-feira, 12 de junho de 2013

COMO AVALIAR A GESTÃO DO SEU PREFEITO (Artigo)

Por: Rangel Alves da Costa(*)

COMO AVALIAR A GESTÃO DO SEU PREFEITO

É muito fácil e simples avaliar a gestão atual do seu prefeito e saber com antecedência quais as possibilidades de continuar sendo uma boa ou má administração. Ou mesmo se certificar de que o mesmo não deveria ter sido o escolhido.

Em primeiro lugar, se imagine sendo o próprio prefeito, com as responsabilidades de ter sido escolhido pela maioria e objetivando atender os anseios da população. Lembre-se que as responsabilidades são muitas, principalmente de trabalhar.

Em segundo lugar, sendo prefeito, escolha cinco prioridades para realizar no seu município. Tais escolhas devem recair sobre realizações essenciais e imprescindíveis para a melhoria de sua municipalidade. Lembre que você é o prefeito.

É imperiosa a escolha dessas prioridades porque todo administrador, muito além das promessas irrealizáveis, deve conhecer as maiores carências do município e tudo fazer para transformar tal situação. É com obras importantes e essenciais que se faz uma eficiente administração.

Em terceiro lugar, e considerando que você já assumiu a prefeitura desde tempo suficiente para mostrar, ou não, suas capacidades administrativas, reflita sobre o que tem realizado e se conseguiu dar início a alguma daquelas obras essenciais para o desenvolvimento do município.

Em quarto lugar, eis que chega o momento de saber se você tem possibilidades de ser um bom administrador ou não. Acaso nenhuma daquelas obras ainda tenha sido iniciada, dificilmente você conseguirá realizar algo grandioso mais adiante. Na gestão pública, o tempo vai tornando o administrador preguiçoso, omisso e ineficaz.


Em quinto lugar, constatando de vez que nada ainda foi iniciado e dificilmente será realizado, então se encoraje para dizer a si mesmo que a população de seu município foi e continuará sendo enganada.

Em síntese, se já nesse percurso da gestão e você se mostrou ineficiente diante do que o seu município mais precisa, então não se iluda e reconheça que você é um péssimo administrador. E nem adiante ficar dizendo que fará mais adiante.

Já disse Vandré que quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Ademais, o que é essencial deve ser inadiável, tem de ser de imediata consecução, principalmente quando a sua realização irá provocar grande melhoria no município e sua população.

Mas enquanto eleitor você pode fazer o mesmo. É só olhar a realidade e enfrentá-la sem paixões políticas ou sem querer mentir para si mesmo. Não é difícil reconhecer uma má gestão, uma administração ineficiente. O que é ruim é visível a olho nu, diante dos fatos e da inegável constatação.

Tudo perpassa pelas seguintes indagações: 1. Algumas das promessas de campanha estão sendo cumpridas? A administração está realizando serviços e obras inadiáveis para o município? A gestão municipal é daquelas que ficam adiando a realização de obras e fica tentando iludir o povo com desculpas esfarrapadas?

Qualquer um pode responder tais questionamentos. E nas respostas estarão as qualidades positivas e negativas de seu administrador. Contudo, há de se observar que um prefeito comprometido assim se mostra desde o início de sua gestão, e não colocando sua municipalidade sempre na expectativa de que algum dia realizará algo grandioso.

Por último, saiba que diferentemente do que se imagina, a duração produtiva de uma gestão municipal é de apenas três anos. O prefeito é eleito para o exercício de quatro anos, mas só faz o que tem de fazer nos três primeiros anos. O último ano é do próprio prefeito. Só dele e de seus escolhidos. Inclusive as verbas municipais.

E quando tais verbas não são manipuladas inapropriadamente durante toda gestão.

Passarinho (Poesia)


Passarinho


Tenho asas
tenho ninho
sou passarinho

sei voar
canto sozinho
sou passarinho

colho grão
nesse caminho
sou passarinho

sem ter carinho
chorou um dia
o passarinho

eu passarinho
sumi na nuvem
em desalinho.


(*) Meu nome é Rangel Alves da Costa, nascido no sertão sergipano do São Francisco, no município de Poço Redondo. Sou formado em Direito pela UFS e advogado inscrito na OAB/SE, da qual fui membro da Comissão de Direitos Humanos. Estudei também História na UFS e Jornalismo pela UNIT, cursos que não cheguei a concluir. Sou autor dos seguintes livros: romances em "Ilha das Flores" e "Evangelho Segundo a Solidão"; crônicas em "Crônicas Sertanejas" e "O Livro das Palavras Tristes"; contos em "Três Contos de Avoar" e "A Solidão e a Árvore e outros contos"; poesias em "Todo Inverso", "Poesia Artesã" e "Já Outono"; e ainda de "Estudos Para Cordel - prosa rimada sobre a vida do cordel", "Da Arte da Sobrevivência no Sertão - Palavras do Velho" e "Poço Redondo - Relatos Sobre o Refúgio do Sol". Outros livros já estão prontos para publicação. Escritório do autor: Av. Carlos Burlamaqui, nº 328, Centro, CEP 49010-660, Aracaju/SE.

Poeta e cronista
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