Por: Clerisvaldo B.
Chagas, 18 de junho de 2013 - Crônica Nº
1036
Enganam-se os
que pensam que o Brasil sempre foi um país pacífico, internamente. Inúmeras
revoltas que se tornaram famosas iniciaram em conflitos locais, agigantando-se
pelo país inteiro. É verdade, porém, que o brasileiro tem uma paciência quase
chinesa diante de tanta cachorrada que atinge o nosso bolso. A explosão das
multidões enfurecidas, recentemente, é semelhante à outras da nossa história. O
povo vai acumulando na cabeça os desmandos administrativos até que um dia não
aguenta mais. Tudo o que se precisa em determinadas épocas é apenas um simples
palito de fósforo.
Foto:
(Brasil Photo Press).
A mãe de todos os desmandos, sem dúvida alguma é a
corrupção. Enquanto o bandido das ruas vai ao assalto armado, direto, disposto
a matar, o homem da gravata faz a mesma coisa com os cofres públicos porque não
tem a coragem exposta do bandido. Age nas sombras com o nosso dinheiro, cada
vez mais se aperfeiçoando na arte de levar a verba do povo. A cachorrada começa
com os salários exorbitantes que somente eles têm direito, enquanto o povo vai
para o salário mínimo. Somente aí já é uma sangria enorme no país,
mas protegido por leis criadas por eles mesmos, à coisa se torna legalizada.
Depois vêm as verbas extras para comprar isso e aquilo e mais emendas e emendas
e propinas obesas em licitações dos que entram no mesmo baile. Abusam da
paciência do povo e apodrecem com tantos bens acumulados. Um dia, um dia,
porém, poderá acontecer como a Revolução Francesa e, a fúria da plebe tornar-se
guilhotina nas invasões às sedes dos dirigentes públicos. Um simples protesto
com pneus queimados pode se tornar uma grande tragédia nacional. Mas os que
desonram o nome a todo o momento, chafurdando na lama microbiana monetárias do
suor alheio, nem percebem os ruídos iniciais das massas.
A quebradeira que
se viu ontem pelo Brasil inteiro pode terminar mansa como a brisa ou prosseguir
e causar estragos como terremotos. Todos os protestos têm como pano de fundo a
corrupção que se apresenta com várias outras denominações. É muito difícil
segurar um movimento pacato sem partir para a violência. No Brasil de outrora e
mais recente não havia comunicações. Agora o sino que toca em um ponto repica
imediatamente nos quadrantes. Diante do que vamos acompanhando através de anos,
pelas notícias cotidianas, viemos mostrando. O Brasil não tem mais como recuar.
Para se tornar um grande país de fato e de direito, vai evoluir à tolerância
zero com a parte podre dos seus “teatros”. Isso nos parece apenas uma furiosa
ADVERTÊNCIA.
Autobiografia
CLERISVALDO B. CHAGAS – AUTOBIOGRAFIA
ROMANCISTA – CRONISTA – HISTORIADOR - POETA
Clerisvaldo Braga das Chagas nasceu no dia 2 de dezembro de 1946, à Rua Benedito Melo ( Rua Nova) s/n, em Santana do Ipanema, Alagoas. Logo cedo se mudou para a Rua do Sebo (depois Cleto Campelo) e atual Antonio Tavares, nº 238, onde passou toda a sua vida de solteiro. Filho do comerciante Manoel Celestino das Chagas e da professora Helena Braga das Chagas, foi o segundo de uma plêiade de mais nove irmãos (eram cinco homens e cinco mulheres). Clerisvaldo fez o Fundamental menor (antigo Primário), no Grupo Escolar Padre Francisco Correia e, o Fundamental maior (antigo Ginasial), no Ginásio Santana, encerrando essa fase em 1966.Prosseguindo seus estudos, Chagas mudou-se para Maceió onde estudou o Curso Médio, então, Científico, no Colégio Guido de Fontgalland, terminando os dois últimos anos no Colégio Moreira e Silva, ambos no Farol Concluído o Curso Médio, Clerisvaldo retornou a Santana do Ipanema e foi tentar a vida na capital paulista. Retornou novamente a sua terra onde foi pesquisador do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Casou em 30 de março de 1974 com a professora Irene Ferreira da Costa, tendo nascido dessa união, duas filhas: Clerine e Clerise. Chagas iniciou o curso de Geografia na Faculdade de Formação de Professores de Arapiraca e concluiu sua Licenciatura Plena na AESA - Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde, em Pernambuco (1991). Fez Especialização em Geo-História pelo CESMAC – Centro de Estudos Superiores de Maceió (2003). Nesse período de estudos, além do IBGE, lecionou Ciências e Geografia no Ginásio Santana, Colégio Santo Tomaz de Aquino e Colégio Instituto Sagrada Família. Aprovado em 1º lugar em concurso público, deixou o IBGE e passou a lecionar no, então, Colégio Estadual Deraldo Campos (atual Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva). Clerisvaldo ainda voltou a ser aprovado também em mais dois concursos públicos em 1º e 2º lugares. Lecionou em várias escolas tendo a Geografia como base. Também ensinou História, Sociologia, Filosofia, Biologia, Arte e Ciências. Contribuiu com o seu saber em vários outros estabelecimentos de ensino, além dos mencionados acima como as escolas: Ormindo Barros, Lions, Aloísio Ernande Brandão, Helena Braga das Chagas, São Cristóvão e Ismael Fernandes de Oliveira. Na cidade de Ouro Branco lecionou na Escola Rui Palmeira — onde foi vice-diretor e membro fundador — e ainda na cidade de Olho d’Água das Flores, no Colégio Mestre e Rei.
Sua vida social tem sido intensa e fecunda. Foi membro fundador do 4º teatro de Santana (Teatro de Amadores Augusto Almeida); membro fundador de escolas em Santana, Carneiros, Dois Riachos e Ouro Branco. Foi cronista da Rádio Correio do Sertão (Crônica do Meio-Dia); Venerável por duas vezes da Loja Maçônica Amor à Verdade; 1º presidente regional do SINTEAL (antiga APAL), núcleo da região de Santana; membro fundador da ACALA - Academia Arapiraquense de Letras e Artes; criador do programa na Rádio Cidade: Santana, Terra da Gente; redator do diário Jornal do Sertão (encarte do Jornal de Alagoas); 1º diretor eleito da Escola Estadual Prof. Mileno Ferreira da Silva; membro fundador da Academia Interiorana de Letras de Alagoas – ACILAL.
Em sua trajetória, Clerisvaldo Braga das Chagas, adotou o nome artístico Clerisvaldo B. Chagas, em homenagem ao escritor de Palmeira dos Índios, Alagoas, Luís B. Torres, o primeiro escritor a reconhecer o seu trabalho. Pela ordem, são obras do autor que se caracteriza como romancista: Ribeira do Panema (romance - 1977); Geografia de Santana do Ipanema (didático – 1978); Carnaval do Lobisomem (conto – 1979); Defunto Perfumado (romance – 1982); O Coice do Bode (humor maçônico – 1983); Floro Novais, Herói ou Bandido? (documentário romanceado – 1985); A Igrejinha das Tocaias (episódio histórico em versos – 1992); Sertão Brabo CD (10 poemas engraçados).
Até setembro de 2009, o autor tentava publicar as seguintes obras inéditas: Ipanema, um Rio Macho (paradidático);Deuses de Mandacaru (romance); Fazenda Lajeado(romance); O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema (história); Colibris do Camoxinga - poesia selvagem (poesia).
Atualmente (2009), o escritor romancista Clerisvaldo B. Chagas também escreve crônicas diariamente para o seu Blog no portal sertanejo Santana Oxente, onde estão detalhes biográficos e apresentações do seu trabalho.
(Clerisvaldo B. Chagas – Autobiografia)
http://blogdomendesemendes.blogspot.com
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